quarta-feira, 31 de março de 2010

Um papo em Romanos

 

conversa-facilitada_03

Um estudo aberto, em grupo caseiro, dos valores cristãos no livro de Romanos.

 

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O Pai Nosso

 

Uma breve reflexão sobre um modelo de oração que foi transformada numa reza.


22 Mb  -  24 min


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segunda-feira, 29 de março de 2010

Adoração subjetiva

A ênfase no subjetivismo das palavras e dos sentimentos tem contribuido para o povo de Deus levar uma vida espiritual teórica e hipócrita.

Reflexão no culto na Igreja Peniel do Bairro Amazonas em Contagem-Mg em 28/03/10.
 

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sábado, 27 de março de 2010

Educação: Ideologia na cartilha

Agora obrigatórias no ensino médio brasileiro, as aulas de sociologia e filosofia abusam de conceitos rasos e tom panfletário. Matemática que é bom...

Marcelo Bortoloti

À caça de bons mestres
O colégio paulistano São Domingos e o estadual Pedro Álvares Cabral (no detalhe), no Rio: um desafio em comum

Os 8 milhões de estudantes brasileiros matriculados no ensino médio passaram a receber neste ano aulas de sociologia e filosofia - disciplinas que, por lei, se tornaram obrigatórias em escolas públicas e particulares. Com base nas diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Educação, cada estado fez o seu currículo, no qual a maioria dos colégios privados também se espelha em algum grau. A leitura atenta desse material traz à luz um festival de conceitos simplificados e de velhos chavões de esquerda que, os especialistas concordam, estão longe de se prestar ao essencial numa sala de aula: expandir o horizonte dos alunos. Não faltam exemplos de obscurantismo. Para se ter uma ideia, no Acre uma das metas do currículo de sociologia é ensinar os estudantes a produzir regimentos internos para sindicatos de trabalhadores - verdadeiro absurdo. Um dos explícitos objetivos das aulas em Goiás, por sua vez, é incrustar no aluno a ideia de que "a constante diminuição de cargos em empresas do mundo capitalista é um fator estrutural do sistema econômico" (visão pedestre que desconsidera o fato de que esse mesmo regime resultou em mais e melhores empregos no curso da história). Sem dar às questões a complexidade que elas merecem, as aulas abrangem de tudo: no Espírito Santo, por exemplo, a filosofia abarca da culinária capixaba aos ritmos indígenas. Conclui o sociólogo Simon Schwartzman: "Tratadas com superficialidade e viés ideológico, essas disciplinas só tendem a estreitar, no lugar de ampliar, a visão de mundo".

O viés presente nas aulas de sociologia e filosofia tem suas raízes fincadas nas faculdades de ciências sociais - de onde saíram, ou a que ainda pertencem, os professores responsáveis pela confecção dos atuais currículos. Desde a década de 70, quando se firmaram como trincheiras de combate à ditadura militar nas universidades, tais cursos se ancoram no ideário marxista, à revelia da própria implosão do comunismo no mundo - e estão cada vez mais distantes do rigor e da complexidade do pensamento do alemão Karl Marx (1818-1883). Diz a doutora em ciências sociais Eunice Durham, da Universidade de São Paulo: "Boa parte dessas faculdades propaga apenas panfletos pseudomarxistas repletos de clichês e generalizações, sem se dar sequer ao trabalho de consultar o original". Isso se reflete agora, e de forma acentuada, nos currículos escolares de sociologia e filosofia, criticados até mesmo por quem participou da feitura deles. À frente da equipe que compôs os do Rio de Janeiro, a educadora Teresa Pontual, subsecretária estadual de Educação, chega a reconhecer: "Se criássemos diretrizes distantes demais da realidade dos professores, eles simplesmente não as aplicariam na sala de aula - fomos apenas realistas".

Sob a influência francesa, a sociologia e a filosofia começaram a ganhar espaço no ensino médio brasileiro no fim do século XIX, até se tornarem obrigatórias, ainda que com pequenas interrupções, entre 1925 e 1971. Seu retorno definitivo ao currículo, sacramentado por uma lei aprovada no Congresso dois anos atrás para entrar em vigor justamente agora, era um pleito antigo dos sindicatos dos profissionais dessas áreas. Em 2001, projeto de lei com o mesmo propósito havia passado pelo Congresso, só que acabou vetado pelo então presidente (e sociólogo) Fernando Henrique Cardoso. À época, um parecer do MEC afirmava que os gastos para os estados seriam altos demais e que não havia no país professores em número suficiente para atender à nova demanda. Desta vez, o próprio ministro Fernando Haddad, filósofo de formação, empenhou-se para aprovar o texto. Daqui para a frente, de acordo com um levantamento do Sindicato dos Sociólogos do Estado de São Paulo, serão recrutados mais 20 000 professores no país inteiro. Trata-se de algo temerário, segundo alerta o sociólogo Bolívar Lamounier: "Não há tanta gente qualificada para desempenhar tal função no Brasil". A experiência recente das próprias escolas já sinaliza isso. "Está sendo duríssimo achar professores dessas áreas que sejam desprovidos da visão ideológica", conta Sílvio Barini, diretor do São Domingos, colégio particular de São Paulo.

Ao obrigar as escolas a ensinar sociologia e filosofia a todos os alunos, o Brasil se junta à maioria dos países da América Latina - e se distancia dos mais avançados em sala de aula, que oferecem essas disciplinas apenas como eletivas. Deixá-las de fora da grade fixa é uma decisão que se baseia no que a experiência já provou. Resume o economista Claudio de Moura Castro, articulista de VEJA e especialista em educação: "Os países mais desenvolvidos já entenderam há muito tempo que é absolutamente irreal esperar que todos os estudantes de ensino médio alcancem a complexidade mínima dos temas da sociologia ou da filosofia - ainda mais num país em que os alunos acumulam tantas deficiências básicas, como o Brasil". Em outros países da América Latina, esse tipo de iniciativa também costuma resvalar em aulas contaminadas pela ideologia de esquerda, preponderante nas escolas. Não será desse jeito que o Brasil dará o necessário passo rumo à excelência.

(clique para ampliar)

Fonte: Revista Veja

Extraído de Antena Cristã

Quem não nascer de novo…

Ser cristão não é ter um bom comportamento e nem boa moral.

Para ser cristão de verdade é indispensável nascer de novo; receber outra natureza.

Isto é um milagre que só o próprio Deus pode realizar. Não está ao alcance da capacidade ou da vontade humana.

Reflexão pelo Pr Julio Soder, no texto de João 3, sobre o novo nascimento, em culto caseiro realizado em 27/03/10.

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sexta-feira, 26 de março de 2010

Social democracia ou engano satânico?

Por João Heitor Montans Conde

É um exercício de tolerância observar como se aceita por verdades muitas definições antagônicas, supondo-se sinônimos palavras diametralmente opostas e mesmo trazendo para tantas outras palavras uma carga emocional pesada e aquém do verdadeiro significado das mesmas.

Cria-se no espírito do vulgo ignorante um sentimento de submissão sob a pressão às vezes da fé religiosa, às vezes de promessas vãs jamais cumpridas, uma aceitação fanática de discursos mendazes que fanatizam as mentes incultas e desprovidas de senso de qualquer ordem tornando o povo a cada dia mais transformado em massa manobrável e obediente, comprada sem sequer o saber, incapaz de qualquer julgamento lógico e inteligente, sem se dar conta da total aniquilação de sua cultura básica e dos princípios e valores que devem sustentar o equilíbrio do indivíduo, da família, da nação.

A proliferação das ditas igrejas “evangélicas”, distorcendo completamente os princípios de Martinho Lutero, de onde se originaram, é prova cabal dessa decadência humana em que se transformou nosso país. Mediante frases soltas convenientemente extraídas das bíblias, textos sem contexto, implanta-se no imaginário fragilizado das pessoas um sem número de conceitos falsos com vis objetivos, escravizando pessoas, distorcendo mentes infantis e infantilizadas com o propósito única e exclusivamente de visível enriquecimento ilícito, e mais: aproveitando-se do fato da isenção de impostos e mesmo de simples declarações à receita para muito provavelmente infrações mais graves.

Para citar um exemplo ao acaso de palavras carregadas e peso emocional, ouve-se por esses templos a palavra “Demônio” repetida vezes sem conta, insistentemente, até que no imaginário dos fiéis se transforme realmente em um ser horrendo, agigantado, senhor das trevas eternas, quando, originado da palavra grega “daemon”, significa apenas e tão somente “espírito” sem nenhum qualitativo bom o mau. Apenas “espírito”.

E assim é com a social democracia, duas palavras antagônicas com a pretensão de existência real. Jamais poderá haver uma simbiose entre dois conceitos opostos. Um regime socialista é totalmente incompatível com a democracia, uma vez que fácil é observar-se em todos os países socialistas a aversão nutrida contra qualquer tipo de oposição, qualquer tentativa de diálogo, qualquer pensamento contrário.Haja visto as últimas noticias do fato ocorrido em Cuba do qual foi coadjuvante nosso presidente da república. Um simples homem do povo que ousou contestar o regime foi vítima dele.

Os ideais democráticos originados no equilíbrio nascido dos pensamentos socráticos é incompatível com a ideologia socialista que produziu mais de cem milhões de cadáveres inocentes pelo mundo afora. Portanto nada se pode esperar de uma ditadura socialista em qualquer lugar do mundo a não ser o caos.

O preocupante é que é justamente isso que está, aos poucos, se apoderando do Brasil, habilmente travestido em democracia, palavra repetida ad nauseum com o intuito de se fazer crer em sua veracidade, porém desmentida com a simples observação do plano de supostos “Direitos Humanos” que querem impingir ao país, um plano que impõe o fim dos direitos à propriedade, a censura na imprensa, legaliza aborto que nada mais é do que assassinato puro e simples, sobretaxa a produção inviabilizando-a de vez, e, por fim, proíbe a manifestação de fé religiosa.Tais ações teriam lugar em um país verdadeiramente democrático?

Extraído de Cara Nova no Congresso

quinta-feira, 25 de março de 2010

Por que não sou de esquerda

Diante do problema do mal, experimentamos a urgência de uma solução. Para quem crê, Jesus satisfez essa urgência: inocente, sacrificou-se por nós. Assim, o cristão fiel declara com tranquilidade que o mal está em si, confiando em Cristo para a redenção. Porém, para quem não crê, o problema do mal resta irresolvido e a solução será sempre externa. Este é o “mecanismo do bode expiatório”, segundo René Girard: fazer com que alguém encarne o mal e eliminá-lo, gerando sacrifícios sem fim (enquanto a Bíblia enfatiza: o sacrifício de Jesus é eterno).

Isso se verifica facilmente entre nós, ocidentais, quando lembramos os assassinatos em massa do século 20. Judeus, ciganos, cristãos dissidentes e povos não-alemães foram os bodes expiatórios da Alemanha hitlerista: quarenta milhões de mortos. Da mesma forma, nos países comunistas o vago conceito de “classe dominante” tem justificado a condenação à morte de mais de cem milhões. Trata-se um ciclo diabólico, pois não há sacrifícios que cheguem para a sanha dos que pensam combater o mal dessa maneira. Assim, a violência aumenta na mesma proporção do secularismo.

A equiparação entre comunismo e nazismo não é novidade. No entanto, de certo modo o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães era melhor nisso: mentia menos. Seus membros não escondiam o desejo de conquistar o mundo; já o socialismo oculta seu projeto de poder total sob a compaixão pelos pobres e a promessa de um futuro glorioso. O autointitulado “protetor dos oprimidos”, ao tornar-se chefe da nação, passa a valer-se de sua anterior (e farsesca) posição de “oprimido” para solapar resistências e positivar desmandos. E o povo, além de mais empobrecido, fica definitivamente sem voz. Na Rússia, na China e no Camboja a arbitrariedade apenas mudou de mãos, tornando-se voraz como nunca; em Cuba, uma favela carioca pareceria condomínio de luxo na parte não-turística da ilha; na Venezuela, Chávez diz “eu sou o povo” para justificar a progressiva supressão da democracia.

Hoje não há cristãos nazistas (espero!), mas há uma miríade de cristãos socialistas ou comunistas. É algo difícil de compreender. Em primeiro lugar, por que um seguidor de Jesus aderiria a um arremedo de plano da redenção? Para confessar esse endosso, precisaria necessariamente subverter todo o pensamento bíblico, substituindo a criação divina pela matéria autônoma, o pecado original pela propriedade privada, a salvação em Cristo pela revolução socialista. Se não o fez, é porque ainda oscila entre os dois mundos, sem perceber que são díspares -- a cultura marxista mimetizando a cristã.

Em segundo lugar, por que um cristão se posicionaria a favor de um Estado forte que pune seus dissidentes? O processo de centralização do poder empurra a igreja ou para o servilismo ou para a clandestinidade onde quer que o socialismo seja implementado. De fato, Hannah Arendt estudou o totalitarismo e concluiu que o isolamento torna o ser humano muito mais vulnerável ao controle estatal. Por isso, esse regime ataca prioritariamente as livres associações (a família, a igreja, a escola, o comércio), buscando atomizar a sociedade no melhor estilo romano “dividir para conquistar”.

Ser socialista e cristão é tomar o partido de César, não de Cristo. Sobretudo, ser socialista e cristão no Brasil de hoje é assumir uma postura perigosíssima para a igreja. De várias maneiras, o governo atual, honrando suas influências teóricas e suas alianças internacionais, busca cada vez mais controle sobre a sociedade. É quando precisamos recorrer aos ensinamentos de Calvino e Kuyper: por causa do pecado, Deus instituiu os magistrados para punir os maus e garantir a ordem; porém, o Estado “jamais” pode ferir a soberania das esferas individuais, familiares e corporativas, pois a autoridade de cada esfera descende igualmente de Deus. Caso o faça, devemos orar para que retorne ao ideal divino, opondo-nos a cada atentado à liberdade e amparando os perseguidos. Mas isso só será possível se substituirmos a cosmovisão esquerdista por uma genuína cosmovisão cristã. Que Deus ajude a igreja brasileira nessa empreitada.

Norma Braga, no site da Ultimato.

quarta-feira, 24 de março de 2010

O CHÁ E O AVATAR

Escrevi aqui que os consumidores do daime haviam descoberto meu blog, e um deles me envia o seguinte comentário:

É, Reinaldo, descobrimos o seu blog. E, no fundo, você deve estar contente com esse aumento significativo de leitores. Não sei sobre todos, mas muitos deles são um público “qualificado” mesmo: professores universitários, profissionais liberais, artistas, pesquisadores, cientistas e até jornalistas. Podemos dar um pouco mais de trabalho a você, refinando mais as questões e argüindo um nível maior de debate, mas vale a pena. Será um desafio para você. E nós aplaudimos sua disposição em dar esse espaço. É democrático, apesar de haver alguns ranços autoritários no texto, como “não ouvir a diversidade das vozes e dos lados” e “fazer julgamentos de valores sem uma pesquisa mais profunda”.

Comento
Não deve ser um aumento tão significativo assim, mas não renego. Como já escrevi várias vezes, não posso impedir ninguém de ler o meu blog. Só não esperem de mim que escreva tentando ser amado. No momento, no que diz respeito a crenças, há dois grupos que talvez gostassem de me ver meio tostado numa fogueira: a turma do daime e os sectários do celibato (ver posts abaixo), que acreditam que feri gravemente a Igreja Católica, como se esse debate não pudesse ser feito.

Nos dois casos, fico um pouco surpreso é com certa incapacidade de ler o que está escrito e, pois, de responder ao que não está. Mas é um preço que se paga, não é? Não fico bem no gênero “blogueiro incompreendido”.

Quanto à formação escolar ou profissional dos daimistas, não pense, meu caro, que me surpreendo. Absolutamente não! Há certo desejo de transcendência em camadas mais intelectualizadas que parece ser aplacada com o chá. Ele ajudaria a atravessar certos umbrais sem que a isso precise corresponder uma disciplina severa ou uma  ética mais restritiva.

O tempo da cerimônia se torna um lapso de suposta viagem instrospectiva, em que  os convivas supostamente esquecem “o que se tornaram” (o falso) para chegar ao que “realmente são” (o verdadeiro).  A sede de transcendência é uma sede da verdade. Em religiões mais tradicionais, chega-se a esse lugar espiritual pela fé e pela observância de alguns preceitos. Os três grandes monoteísmos, para ficar nas religiões mais tradicionais, ensejam uma disciplina que, admito, é dura de seguir.

O daime, ademais, tem o charme adicional de ser uma religião cuja origem — a da bebida ao menos — remonta a mundos ignotos. A beberagem foi redescoberta, depois, por um homem rústico, e isso a muitos parece irresistível. É como se essa elite mais intelectualizada descobrisse um bom motivo para se ajoelhar no altar do povo…

O nosso tempo é propício a essas manifestações. O povão foi ver Avatar certamente interessado nos efeitos especiais e coisa e tal. Afinal, aquilo tudo realmente impressiona. Alguns mais descolados foram ao cinema em busca de uma “mensagem”. Aquela xaropada de “Mãe Natureza”, de uma sabedoria essencial e telúrica, de que seríamos parte, é um dos delírios da modernidade.

Nesse sentido, a ancestralidade do chá serve às fantasias contemporâneas. Não por acaso, as igrejas do daime não vão disputar espaços urbanos com os “templos” de Edir Macedo. Elas precisam evocar um clima rústico, de floresta — nem que seja a “floresta” ali do Pico do Jaraguá, cercada de favelas e moradias irregulares por todos os lados.

Boa parte dos modernos acredita pertencer à civilização dos Na’vis… Fiquem à vontade esses “novos leitores”. Só não me peçam para acreditar nas virtudes curativas da Mãe Natureza ou do chá. Eu acredito é em antibiótico, antidepressivo, anti-histamínico, essas coisas estranhas da indústria capitalista, consumista e neoliberal, como diria aquele professor da USP especialista em droga… E sou católico. Não me venham dizer que  a Trindade é mais esquisita do que a miração…

Extraído do Blog do Reinaldo Azevedo

Contracultura e antijudaismo

Heitor De Paola | 24 Março 2010

Os Dez Mandamentos: são estes os princípios que a contracultura combate e visa destruir totalmente para estabelecer o mundo imaginado por Lennon, Marcuse e os movimentos estudantis.

A contracultura dos anos 60-70 do século passado pode ser definida pelas frases 'é proibido proibir' e 'faça amor não faça a guerra', seu grande momento foi o Festival Woodstock Music & Art Fair, seu manifesto o Port Huron Statement of the Students for a Democratic Society, de 1962, seu hino a música Imagine, de John Lennon e sua "bíblia" Eros and Civilizaton, de Herbert Marcuse.

Não cabe aqui um exame aprofundado destes documentos, mas sucintamente pode-se dizer que Marcuse argumenta que a essência da ordem "capitalista" é a repressão, disto resultando o indivíduo com todos os complexos e neuroses em função da repressão dos impulsos sexuais, numa perversão das idéias de Freud - de quebra, permitindo aos detratores deste acusá-lo do que ele jamais disse, pois considerava a repressão como o fator civilizatório par excellence. Marcuse defendia para o futuro que "um mundo melhor é possível", no qual Eros (a libido) seria libertado conduzindo ao reino da 'perversidade polimórfica' onde "cada um pode fazer o que quiser". Se este é o germe da defesa da satisfação plena e ilimitada de todos os desejos - levando à atual catástrofe das drogas, da animalização da juventude criada pelos pais daquelas décadas, até ao reconhecimento da "legitimidade" da pedofilia e outras perversões - não o é menos a música de Lennon.

Ao persistir no rumo atual, o mundo caminha inexoravelmente para ser um mundo "sem céu ou inferno, todos vivendo apenas para o dia de hoje, sem países e sem causas pelas quais possamos nos sacrificar e sem religião". Um mundo "sem posses, onde não haverá ambição, nem fome, nem diferenças". Este mundo é apresentado como um mundo "de paz, harmonia e irmandade entre os homens", mas é outro ídolo naquela época, Bob Dylan, que já advertia (Man of Peace):

I can smell something cooking

I can tell there's going to be a feast

You know, baby, that sometimes

Satan comes as a man of peace!

O que isto tem a ver com judaísmo, perguntarão os leitores? Muito, pois significativamente todos os diplomas legais que fundaram a Civilização Ocidental se baseiam nos Dez Mandamentos, a Lei Mosaica. Numa leitura ortodoxa, D'us entregou as Tábuas a Moisés para servir de guia de estruturação da nova nação judaica constituída pelo seu povo eleito que se fundaria em Canaã depois de salvos da escravidão no Egito. Porém, simbolicamente, entregou-as a todos os povos, e alguns deles passaram a fazer uso, principalmente no Ocidente, onde impera o Cristianismo, e no Islã. Deve-se notar, contudo, que não agradou a D'us a conduta de seu povo após tê-lo salvo: além de reconstruírem ídolos pagãos, abandonaram todas as tradições religiosas e se entregaram de forma desenfreada aos impulsos instintivos (*).

Simbolicamente, pode-se interpretar que, enquanto durou o cativeiro de 400 anos, o Povo foi submetido à brutal repressão externa da qual, vendo-se livres, puderam dar vazão aos sentimentos e desejos reprimidos naquele período. Os Dez Mandamentos da Lei de D'us foram enviados para substituir a repressão externa por outra, interna, a Aliança do povo Judeu com D'us livremente aceita, impondo severas restrições aos impulsos mais primitivos e condutas específicas com relação a Ele e aos semelhantes. São exatamente estes fundamentos que a contracultura combate e visa destruir totalmente para estabelecer o mundo imaginado por Lennon, Marcuse e os movimentos estudantis que se fundaram nas décadas referidas.

Não obstante, por paradoxal que possa parecer, foram exatamente estes Mandamentos, que instituíram a liberdade individual e o amor ao próximo. Se, por um lado, impõem enormes restrições aos nossos impulsos e desejos, por outro nos permitem ficar livres da pior das ditaduras: a dos próprios impulsos.

Considero que esta é uma das causas do antijudaísmo, a intolerância com o povo escolhido para trazer ao mundo as Tábuas da Lei. Sugiro que seja um bom tema secundário para refletir no próximo Pessach (Páscoa).

Nota:

(*) Como os povos não aprendem, a contracultura do século passado está levando o mundo à mesma situação daquela época.

Artigo publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, PR.

Extraído de Mídia sem Máscara

terça-feira, 23 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Casal cristão é torturado por não abandonar sua fé

 

Cristão é queimado vivo por muçulmanos extremistas

PAQUISTÃO (14º) - Arshed Masih, 38, ainda luta por sua vida no hospital Família Sagrada em Rawalpindi, próxima à capital do Paquistão. Com a ajuda da polícia, extremistas muçulmanos o queimaram vivo por não se converter ao islamismo, e abusaram sexualmente de sua esposa. O incidente ocorreu em frente a uma delegacia de polícia.

Em 2005, Masih e sua esposa começaram a trabalhar com um empresário muçulmano, ele como motorista, ela como empregada de sua esposa. Recentemente, os dois desagradaram o empregador por insistirem em permanecer cristãos.

Durante o incidente, Martha, a esposa de Masih, “foi violentada pelos agentes da polícia”, fontes afirmam. Os três filhos do casal, de 7 a 12 anos, foram forçados a assistir seus pais sendo brutalizados.

“Agora, Masih e sua esposa estão sendo tratados no hospital. Ele está em péssimas condições, pois 80% do seu corpo está queimado”. Os funcionários do hospital declaram que, com esse tipo de queimaduras, a vítima provavelmente não sobreviverá.

No domingo, o governo de Punjab anunciou uma investigação sobre o que aconteceu. “A questão será investigada e os culpados serão presos”, afirma o Ministro da Lei em Punjab, Rana Sanaullah.

O casal cristão morava com os filhos na região liderada pelo sheikh Mohammad Sultan, em Rawalpindi. Em janeiro, os líderes religiosos e o sheikh ordenaram que Arshed e sua família se convertessem ao islamismo. Quando ele recusou, o ameaçaram, dizendo que ele sofreria “graves consequências”.
Arshed tentou pedir demissão, mas o empresário disse que o mataria se ele fosse embora.

Extraído de Missão Portas Abertashttp://www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=6093ã Portas Aberta

Fiz um aborto e agora?

 

Algum tempo atrás, conversei com uma pessoa que havia feito um aborto. O bate papo foi cheio de emoção e arrependimento. Ela confessou ter transado com um filho de pastor e ter engravidado do mesmo. Como solução para tal, resolveu procurar uma clínica de aborto.

Realizado o procedimento tudo correu sem mais problemas físicos, mas o pior estaria por vir. Todas as noites antes de dormir, a partir do dia em que abortou ela ouvia o choro de um recém nascido. Psicológico? Sim pode ser, mas estou relatando isso para que tenhamos uma idéia das seqüelas que não são apenas físicas, mas mentais também.

Ela ficou anos ouvindo esse grito de desespero na madrugada. Por vezes se levantou da cama sobressaltada procurando o filho que tinha matado.

Queridos, aborto é assassinato. Se você não quer ser homicida, pense antes de ter relações sexuais, se você não tem peito para criar uma criança, não seja irresponsável.

Fico com a opinião do Dr. Lejeune sobre o aborto: “Uma vez que uma mulher se torna mãe, ela será sempre mãe, tenha ou não nascido o seu filho. O filho morto fará parte da sua vida por mais longa que ela seja. O aborto não é definitivamente uma solução fácil de um grave problema, mas um ato agressivo que terá repercussões contínuas na vida da mulher.”

Pense nisso antes de cometer um assassinato.

E no mais... tudo na mais santa paz!

Extraído do Blog do Pr Márcio de Souza

Como NÃO orar

 

Extraído de Genizah

sábado, 20 de março de 2010

O Fim Vem!

As previsões escatológicas estão praticamente cumpridas. Está chegando a hora do povo de Deus entrar na "Bendita Esperança". Cabe a nós, neste tempo, mantermos um espírito vigilante, como nunca antes.

Palavra em culto caseiro em 19/03/10 pelo Pr Julio Soder.

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Qual é o nosso modelo de vida?

"E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." Jo 1:14

Hoje nas igrejas, nas TVs, nas rádios, no nosso meio cristão, tem-nos sido apresentado um modelo de espiritualidade, que não tem nada a ver com o propósito original: a revelação de um homem, segundo a imagem e a semelhança do Altíssimo.

Vai dai que temos assistido uma coisa terrível e antagônica: quanto mais os caras querem se parecer com anjos, seres angelicais, levitar, negar a dor e o sofrimento próprios de ser-se gente, Deus ainda insiste num modelo mais perto de nós: um homem, só um homem, como vimos em Cristo:

* Alguém que comia quando tinha fome, bebia quando tinha sede (principalmente de relacionamento, de amigos, quando bebia vinho e partia o pão com eles!);

* Alguém que não se importava com o perigo, pois até houve quem se preocupasse por ele, como os dois no caminho de Emaús, insistindo para que entrasse com eles a ter de enfrentar a escuridão da noite. Hoje, não faltam "líderes cristãos" andando com guarda costas e até armas na cintura...

* Alguém que sentia a dor da solidão e pedia aos amigos que estivessem com ele nas horas mais diversas e não teve vergonha de confessar, na cruz, o quanto doi a separação;

* Alguém que, ferido, magoado, traído, não saia a destilar veneno contra os ofensores e traíras, nem tampouco evitava o contacto com gente, como fazemos hoje;

* Alguém que não ficou vermelho em cair no choro diante de muita gente - pessoas que o ouviam e a ele seguiam como líder - confessando e sentindo solidariamente a dor diante da perda de quem amamos, diante do túmulo de Lázaro (mesmo sabendo o que aconteceria dois minutos depois de chamá-lo para fora da tumba!);

* Alguém que se misturava com qualquer um - de publicanos, odiados pelo povão, à prostitutas, beberrões e pecadores. Só não tolerava religiosos que não viviam os valores do reino de Deus nem deixavam os outros o fazerem, cobrando regras e mais regras que "tinham ar de religiosidade mas que não tinham valor algum contra o mal que vem de dentro". É preciso ressaltar também que, nem de longe fez conluios, conchavos ou barganhas com os caras do poder, da religião, nem usou a massa como moeda de troca política como vemos hoje...

* Alguém que era tão normal e simples que até o seu traidor precisou de um código - um beijo no rosto - para identificá-lo diante dos que o iriam prender. Não havia sobre ele, nenhum luminoso em "neon", banner, placa, cartaz,... ou adereço que o identificasse;

* Alguém que não precisava de andar de carro importado, ternos de grife, jóias ou outra porcaria para parecer importante ou valorizar quem era, e porque era quem era, quando falava ou fazia qualquer coisa, quem ele era ficava manifesto, distinguindo-o dos pilantras e espertalhões que exploravam a fé das pessoas da época;

* Alguém que diante do sofrimento do preço do ministério, confessou o seu medo, a vontade de "beber outro cálice" mas nunca lastimou ou queixou-se da escolha que fez em seguir em frente até a morte e morte de cruz;

* Alguém que, sendo quem era, não temia confessar as suas necessidades, como fez com a mulher samaritana e diante daqueles que dele zombavam na cruz, pedindo-lhes água;

* Alguém que humilhado, desprezado, não abriu a sua boca (como ovelha para o matadouro), nem ousou lançar no rosto de todos à volta, responsabilidade nenhuma aos quais que, cheios de culpa, deixaram o inocente que era, pagar toda a fatura;

* Alguém que fazendo caridade, milagres, curas e todo tipo de benefício aos pobres, desenganados, sofredores, desesperados, enfermos e marginalizados da sociedade, não os usava como fazemos hoje, para promover-se - nem a causa que defendia - pedindo que a ninguém, os beneficiados por ele, dissessem coisa alguma, mostrando que a sua preocupação era com eles e ninguém mais que eles;

* Alguém que nunca, em tempo algum, chamou para si privilégios, títulos, reconhecimento por feitos e conquistas, como fazemos hoje, ostentando cartões de visitas com quilos de peso com tantos adjetivos colados ao nosso nome. Não se auto-denominava coisa alguma, nem ousou por usurpação, ser igual a Deus, mas revelou-se (e apresentava-se) como o "filho do homem" e dirigia todas as glórias a Deus!

* Alguém que, buscava a Deus e a Ele se submetia integralmente, contra todos os apetites e conveniências próprias de ser homem. Não negou sua condição humana, mas mostrou como é que alguém, sendo homem, podia agradar ao Senhor.

* Alguém que, podendo viver à parte da "normalidade", ou levitar, viver nas alturas, desceu. Desceu até às partes mais baixas da terra. para revelar simplesmente o que era: um homem. De carne e osso e coração!

Um homem, afinal, como Deus sempre desejou criar. Um homem segundo a imagem e semelhança do Pai.

E ai? Quem é o seu modelo?

Rubinho é réu no Genizah

John Piper - A Bíblia não é chata. Avatar é chato!


Dica do Alexandre Tocheto

Participe do Domingo da Igreja Perseguida!

Como lidar com filosofias competidoras? - John Piper


Dica de Teologia Pentecostal

sexta-feira, 19 de março de 2010

Sou Kamikase, e você?

Por Márcio de Souza

Contam que os pilotos japoneses na operação para bombardear Pearl Harbor, a base havaiana da marinha americana, eram instruídos da seguinte forma: “Vocês estão decolando para uma missão sem retorno. Os aviões não terão combustível suficiente para cumprir a missão e voltar a base. Portanto, quando os tanques de combustível apontarem que não há mais como voltar, e todo o armamento for descarregado contra os alvos, só lhes restará atirar seus aviões e sacrificar suas próprias vidas para o cumprimento da missão”. E assim, eles se despediram da família, dos amigos, da terra natal e decolaram rumo ao cumprimento da missão, rumo ao triunfo.

Todo mundo sabe que o ataque japonês a base americana foi arrasador e que diversos pilotos japoneses perderam suas vidas como lhes havia sido avisado. Será que nós cristãos entendemos o verdadeiro sentido de cumprir o que nos foi mandado? Temos senso de missão? Será que sabemos que fomos chamados para uma tarefa sem volta? Há um ponto de retorno como a dos tanques de combustível dos aviões japoneses que sugere a seguinte decisão: Ou você volta pra base, sem cumprir a missão e vive frustrado para sempre, ou você atravessa o ponto de retorno e luta até o fim, até os armamentos acabarem, até a última gota de combustível ser consumida, e morre com o mérito da missão cumprida como bom soldado de Cristo, rumo ao triunfo!

Seja lá como for, um dia eu atravessei o ponto de retorno e estou rumando para o alvo, certo do cumprimento da missão. Se terei que jogar meu avião nos alvos, isso é certo, e mais cedo ou mais tarde vai acontecer, e uma coisa é certa, a missão será cumprida ainda que eu tenha que morrer tentando, e como gratidão ao meu recrutador, não voltarei mais para a base.

E no mais, tudo na mais santa paz!

***
Postou Márcio de Souza, no
Púlpito Cristão

Os evangélicos e a fragilidade das relações.

Você já percebeu o quanto somos sensíveis e como nos magoamos com facilidade? Qualquer problema que apareça já é motivo de polêmica. Ninguém pode errar. Temos que ser perfeitos. Como pastor, tentam me impor o pesado fardo da perfeição e a carga implacável da culpa. Não caio mais nessa!

Quem quiser cortar relações, que cortem, mas não vou negociar minha liberdade em Cristo nem tampouco meu direito de errar e de pedir perdão/perdoar. Não tenho a pretensão de ser a última coca-cola do deserto, nem de parecer infalível.

O papa que reivindique pra ele esse título, e que acumule também o rótulo de POP como diziam os engenheiros do Hawai. Não sou o papa, não sou POP, e tenho muitos defeitos, portanto quem quiser conviver comigo saiba de uma coisa, na porta do meu ser tem uma placa escrito em letras garrafais: EM CONSTRUÇÃO!

E para os que procuram perfeição, aqui vai um conselho: comunguem com os fariseus, esmaguem a graça e celebrem a dura tarefa que possuem de guardiões da moral e dos bons costumes. Mas saibam que o prêmio dessa vocação já foi dado, e é um prêmio que desprezo com todas as forças que é a Dádiva de viver apoiado na força do próprio braço e de confiar na imensa capacidade de ser um religioso bem preparado.

Viva a dependência total em Cristo! Viva os esquisitos que vivem no revés desse roteiro ridículo que o sistema disse que deveria ser seguido, viva a desroteirização da vida promovida pelo Espírito Santo!

E no mais, tudo na mais santa paz!

Extraído do Blog do Pr Marcio de Souza

Reflexão sobre a vida!

Deus detesta a rotina.

 

Você já reparou como Deus detesta a rotina? Ele vive desroteirizando toda a história e pondo em movimento gente que normalmente ficaria acomodada. Vamos ver isso na Bíblia?

Primeiro, Noé estava lá no cantinho dele provavelmente tomando um bom vinho quando de repente Deus chama ele e diz: Faz uma arca. Isso mudaria a vida do velho Noé pra sempre. Agora, aquele tempinho que ele tirava debaixo da árvore pra tomar um goró e descansar foi substituido por trabalho duro e sem nenhuma explicação plausível. Deus quebrou a rotina de Noé.

Com o crescimento da maldade na humanidade, Deus resolveu emviar um dilúvio de proporções gigantescas e usou como única alternativa de salvação para aquela catástrofe: a arca do velho Noé. Se você não percebeu eu vou te alertar, o dilúvio, foi a forma que Deus escolheu para desroteirizar a humanidade. Dalí pra frente seria tudo novo!

Logo depois, Deus chama Abraão, um cara que era pagão e que tava acostumado a sua vidinha pacata em UR dos caldeus, mas Deus diz a ele: "Sai da tua terra da tua parentela e vai pra uma terra que eu vou te mostrar". Empolgante né? Sair do conforto de sua casa pra ir pra um lugar que nem Deus quer te dizer onde é... Deus tirou um camarada simplório de sua zona de conforto e o transformou num patriarca, no pai das nações! Ele desroteirizou Abraão também!

Dentre muitos outros casos, quero terminar citando José, que tinha tudo pra viver no seio de sua família, mas foi vendido pelos irmãos, conduzido como escravo por uma caravana, levado ao Egito onde foi preso injustamente, sofreu difamações, foi injuriado, mas depois de toda essa situação tenebrosa, ele diz a seus irmãos que foi Deus quem desroteirizou a vida dele e não os irmãos. E por conta dessa desroteirização, ele se tornou o governador da maior potencia do momento, o Egito.

Querido leitor, talvez você esteja sendo desroteirizado por Deus nesse momento e eu quero dizer a você de todo coração, pode parecer pavoroso e penoso agora, mas você vai ver o doce fruto da ação de Deus quando a obra terminar, portanto, fique firme, o vendaval vai passar, é apenas Deus mudando a rota da sua vida pra ela se tornar cada vez melhor, cada vez mais frutífera!

E no mais, tudo na mais santa paz!

Extraído do Blog do Pr Marcio de Souza

Cabelo azul, piercing, tatuagens e uma banda de pagode!

Envie para o Buzz

Ta todo mundo louco, ooooba! Já diria Marco Luque! Esses dias eu estava vendo uma entrevista de um pagodeiro famoso desses aí. O cara tava de moicano (punk), cordão de ouro grosso (Rapper), calça apertada (sertanejo), camisa florida (surfista) e cantou uma música romântica. Eita espírito de confusão, diriam os neo pentecas!

O lance hoje é esse aí, todo mundo é tudo mas ao mesmo tempo não é nada. Vejo os meninos de classe média alta aqui em Niterói. Eles gostam de funk mas não são funkeiros, andam de skate, mas não são skatistas, frequentam pagode, mas não são pagodeiros, tiram onde de bandido, mas são playboys.

É, vivemos na era da crise de identidade. Ninguém sabe ao certo o que é, ou define sua situação perante a sociedade. Falo sobre isso no post "Geração X" que mostra que nossos jovens não carregam nenhuma bandeira, nem cantam nenhuma canção relevante.

Traçando um paralelo com os crentes, podemos também afirmar que temos esse tipo de gente na igreja. Gente que ora, mas não é intercessor, que canta, mas não adora, que prega mas não vive. Ta brabo, como diria meu amigo Onildo Braz "Só a mão do anjo".

E no mais, tudo na mais santa paz!

Extraído do Blog do Pr Márcio de Souza

quinta-feira, 18 de março de 2010

10 Razões porque devo participar da Escola Dominical.

 

Por Renato Vargens

1. Por causa do amor a Cristo e sua Palavra. (Jo 14.21)
2. Porque é dever do cristão crescer no conhecimento de Deus através do ensino saudável das Escrituras.
3. Para que não sejamos enredados pelas heresias e desvios doutrinários do nosso tempo. (Mt 22.29)
4. Porque a igreja se desenvolve de forma relacional, comunitária e intelectual através do estudo sistemático da Palavra de Deus.
5. Porque o ensino da Palavra de Deus proporciona a elevação do nível de maturidade da igreja local.
6. Porque a Escola Bíblica Dominical é um excelente meio de evangelização.
7. Porque a Escola Bíblica Dominical é um lugar propício para a descoberta, crescimento e capacitação de novos ministérios.
8. Porque a Escola Bíblica Dominical fortalece a família promovendo o entrelaçamento dos relacionamentos familiares.
9. Porque o estudo sistemático da Palavra nos desperta a uma vida de santidade.
10. Porque a Escola Bíblica Dominical é uma profícua fonte de avivamento e despertamento espiritual para a igreja.

Pense nisso!

Renato Vargens

Sermão - Martinho Lutero

 

"Ah! Se Deus permitisse que minha interpretação e a de todos os outros mestres desaparecessem, e que cada cristão pudesse chegar diretamente à Escritura apenas, e à pura Palavra de Deus!
Percebe-se já por esta tagarelice minha, a incomensurável diferença entre a palavra de Deus e todas a palavras humanas e como homem algum pode, com todas as suas palavras, adequadamente alcançar e explicar uma única palavra de Deus.
Trata-se de uma palavra eterna e deve ser compreendida e meditada com uma mente silenciosa. Ninguém é capaz de compreendê-la a não ser a mente que a contempla em silêncio. Para qualquer um capaz de fazê-lo sem comentário ou interpretação, meus comentários e os de todos os outros não seriam apenas inúteis, mas um estorvo.
Vão para a própria Bíblia, caros cristãos, e não permitam que as minhas exposições e as de outros estudiosos sejam mais do que uma ferramenta que capacite a edificar de forma eficaz, de modo que sejamos capazes de compreender, experimentar e habitar a simples e pura Palavra de Deus, pois apenas Deus habita em Sião".

Extraído de Lion of Zion

quarta-feira, 17 de março de 2010

Internet e leitura

 

Os adolescentes são fascinados pelas ferramentas da era digital. Eles não desgrudam do celular, vivem digitando mensagens de texto, passam horas escrevendo em blogs, navegando na web ou absortos nos videogames. Mas a dependência da internet não é exclusiva dos adolescentes. Todos nós, jovens e menos jovens, sucumbimos aos apelos do mundo virtual. Eu mesmo fiz o propósito de não acessar meus e-mails nos fins de semana. Tem sido uma luta. Com vitórias, mas também com derrotas. Para o norte-americano Nicholas Carr, formado em Harvard e autor de livros de tecnologia e administração, a dependência da troca de informações pela internet está empobrecendo nossa cultura. Ele falou à revista Época durante visita ao Brasil para uma palestra a 4.500 líderes empresariais.

Segundo Carr, o uso exagerado da internet está reduzindo nossa capacidade de pensar com profundidade. “Você fica pulando de um site para o outro. Recebe várias mensagem ao mesmo tempo. É chamado pelo Twitter, pelo Facebook ou pelo Messenger. Isso desenvolve um novo tipo de intelecto, mais adaptado a lidar com as múltiplas funções simultâneas, mas que está perdendo a capacidade de se concentrar, ler atentamente ou pensar com profundidade.”

A internet é uma magnífica ferramenta. Mas não deve perder o seu caráter instrumental. O excesso de internet termina em compulsão, um tipo de dependência que já começa a preocupar os especialistas em saúde mental. Usemos a internet, mas tenhamos moderação. Ler é preciso. Jovens, e adultos, precisam investir em leitura e reflexão. Só assim, com discernimento e liberdade, se capacitam para conduzir a aventura da própria vida.

Trecho extraído de um artigo de Millenium de autoria de Carlos Alberto Di Franco

Eu não acredito em contos de fada

Um conto de fadas termina no beijo de um príncipe?

Cansei de gente vendendo finais de conto de fadas nos púlpitos. Talvez possamos ter finais felizes, mas “felizes para sempre? Neste mundo?

Vivo no meio de gente que faz propaganda religiosa ao invés de evangelismo, sem se importar com a opinião do autor do mandamento.

Eles contam sobre a ressurreição de Lázaro, mas nem lembram que Lázaro teve que enfrentar a morte por duas vezes. Quem se aventura a passar por isso?

O perdão dado a Pedro o levou a uma cruz em X, onde morreu de cabeça para baixo. Conta a tradição que ele mesmo pediu isso, por se achar indigno de morrer como seu mestre. O martírio foi peça comum entre quase todos os discípulos. Houveram momentos inesquecíveis com Jesus? Claro! Foi exatamente esses momentos que os fizeram resistir até o fim em seus trágicos finais.

Davi, ainda garoto, é ungido rei de seu povo. Entre este dia e o dia que assume o trono, dez anos depois, nunca teve paz. E mesmo após este momento, quando já era rei, seus amores, filhos, amigos, sempre foram objetos de conflitos e dores.

Paulo, após ser escolhido como vaso pelo próprio Deus – com direito a show pirotécnico na estrada de Damasco – terá em seu histórico tantas prisões, espancamentos, chibatadas e no fim, a pena capital, dada por Nero: decapitação.

O Cristianismo se difere das outras crenças. Como nos lembrou C.S.Lewis, é a única crença que permite chamar Deus de Pai. Isso é exclusividade, mas também é a única que deixa suas criaturas, a quem ama tanto, matá-lo.

Diferente de tantos pregadores atuais, não usava seus milagres como fonte de marketing pessoal, nem tão pouco ensinava que viveríamos em um mundo a parte, um “mini-céu” com seres que, na forma atual, não poderiam povoá-lo. Que seres? Nós! No mundo tereis aflições, e não viver de conforto em conforto, de mansão em mansão, de iate em iate.

Nossa vida – cristã ou não – não oferece trégua:

Viveremos muitas despedidas, lidaremos com afetos se desbotando com o tempo. Receberemos ligações de madrugada com notícias terríveis. Falarão mentiras sobre nossa conduta. E o pior: passaremos grande parte de nossa existência nos imaginado melhores do que realmente somos.

Sabemos que costumeiros vencedores tem menor resistência à derrotas. Se a Palavra nos diz ser mais que vencedores, somos os que deviam saber lidar com os dois lados de um jogo: os que ganham e os que não ganham.

Por isso, Jesus se faz tão importante em nossa alma. Ele fala de construções com bases necessariamente firmes, sólidas, por que tempestades fazem parte das existências. Não apenas ensinamentos, mas Ele próprio se faz necessário nas entranhas de nossa vida.

Não creia que soluções temporais sejam a fórmula da felicidade. A paz que vai na alma daquele que encontrou a Cristo não é justificada pelas situações positivas em sua existência.

Você pode encontrar um desses seres, tranquilos, serenos, lúcidos, e depois saber que perderam um grande amor. “Eles”- que deveria ser "Nós" - não se explicam.

O que você não encontrará são estas ovelhas misturadas a bodes no dia que há de vir. A estes, o Cristo jamais dirá: “Afasta-te de mim, pois nunca te conheci...”

Postou Zé Luís, editor do Cristão Confuso, no Genizah, na esperança que se entenda que o Mestre não veio fazer do Evangelho um conto da Carochinha

terça-feira, 16 de março de 2010

A Doutrina Cristã


A relação entre Jesus, Deus e a Doutrina Cristã.

Palavra ministrada pelo Pr Elmelindo no culto de domingo à noite, 14/03/10.

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Íntima relação


Discipulado é um chamado que alcança a todo e qualquer crente, não importa quantos anos de vida cristã ele tenha

Que importância tem o discipulado na vida do crente atualmente? O que exatamente significa ser discípulo de Cristo? Todo cristão deveria questionar-se sobre isso. Afinal o próprio Senhor Jesus faz um chamado direto e específico para os seus discípulos: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”.

Este texto, conhecido como a “Grande Comissão”, é mencionado em Mateus 28.19-20 e é também extensivo à Igreja hoje. Todavia, a tarefa de fazer discípulos conforme a vontade de Cristo não é esponsabilidade exclusiva de líderes cristãos, pastores ou pessoas com formação academica. É um chamado que alcança a todo e qualquer crente, não importa quantos anos de vida cristã tenha ou quanto conhecimento bíblico tenha adquirido, ou ainda se tem ou não qualificações necessárias para desempenhar a tarefa.

Bom, então talvez você possa estar se perguntando: Como posso começar neste encargo? O que realmente implica ser discípulo do Senhor? Seria necessário observar o exemplo de Cristo e seus discípulos? Mas afinal, o que fez com que aqueles doze homes largassem tudo o que tinham para seguir a Cristo? Qual o atrativo em ser díscípulo do Mestre? Quais habilidades um discipulo deve desenvolver? São perguntas relevantes, porque afinal como podemos saber “fazer” discípulos se não soubermos exatamente como eles deve ser ou que conceitos precisamos lhes transmitir na prática?

A questão toda se resume a questionamentos do tipo “O que é realmente ser cristão?”. Ou “O que Deus realmente quer de nós?”. Há quem possa dizer que o que se espera de um cristão é que leia a Bíblia todos os dias, ore, não falte aos cultos do domingo de manhã, participe das atividades da igreja, testemunhe da sua fé, convide outros para assistir reuniões, tenha um relacionamento familiar exemplar e, por fim, que dê um bom testemunho de vida. Coisas como ser honesto e justo, não fumar, não beber, não ter vícios.

Se você tem a idéia de que fazer discípulos é desenvolver este tipo de atitudes em outros irmãos, saiba que este não é o foco central do que significa viver com Cristo. Quem agir assim terá dificuldades em discipular. Afinal, é perfeitamente possível alguém observar todas essas práticas e, mesmo assim, viver longe de Deus. Ser um verdadeiro cristão não é seguir uma lista de atividades. O que Deus deseja de nós é que tenhamos um íntimo relacionamento com ele. A base para a vida cristã é a dependência. E todas as outras práticas e virtudes passam a ser uma consequência direta desta relação com o Senhor.

O discipulado cristão está relacionado exatamente com isso: viver um relacionamento com Deus e mostrar aos outros o caminho desta vida fascinante. É dessa maneira que nós vamos poder desempenhar a função de sermos como sal da terra e luz do mundo, mostrando aos outros o caminho da verdade e da salvação que há em Cristo. Este é o chamado de todo o que crê.

Samuel Medeiros
é conferencista geral do Projeto Discipulado Transformador, da Life Way Brasil

A Autoridades das Escrituras – Aula de 14/03/10

 

Amados alunos,

Dando seguimento ao nossos objetivos para este ano, temos como 1° passo aprendermos a ouvir Deus na Sua Palavra através da prática da meditação.

Para isso precisamos conhecer os princípios básicos de Interpretação bíblica.

Apresentamos como base inicial para a interpretação bíblica o pressuposto de que as Escrituras tem Autoridade.

Se você quer saber mais sobre a Autoridade das Escrituras e adiantar-se para a abordagem da aula de amanhã, 14/03, examine o estudo em anexo.

Que o Espírito Santo te ilumine no estudo da Sua Palavra.

A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS

Evidências externas da origem Divina da Bíblia (contra o argumento circular):

  • Unidade na diversidade (autores, épocas, lugares, circunstâncias diferentes)
  • Antiguidade, historicidade e preservação literária (critérios + rigorosos)
  • Cumprimento das Profecias
  • Afirmações da maior exatidão científica – Jó 26:7 (globo terrestre) Is 40:22
  • A transformação dos homens em virtude do poder espiritual contido nas verdades bíblicas
  • Atualidade permanente da Bíblia

A Bíblia testificando dela mesma:

  • Sua prática testifica sua autoridade – Jô 7:17 -- Jô 14:21
  • Desconhece-la induz ao erro – Mt 22:29 -- Os 4:6
  • É a Palavra inspirada de Deus – II Pe 1:20,21
  • Sua autoridade é comprovada no seu cumprimento – Js 23:14 -- I Rs 8:56 -- Dt 18:21,22
  • Seu poder é atual – Mt 24:35 -- Is 55:11
  • Seu propósito abrange todos os aspectos do viver humano – II Tim 3:16
  • Ela é suficiente p/ salvarLc 16:19-31
  • É preciso nova mentalidade p/ entender – I Cor 2:14
  • A Escritura manejada pelo Espírito, e não a intuição, sentimentos ou experiências, é a regra de fé. – Mt 4:1.11
  • A Escritura tem prioridade sobre a experiência – II Pe 1:16-19 -- Jô 7:38
  • Principal testemunho de Jesus – Jô 5:39-47
  • Testemunho de fé verdadeira – 5:46,47
  • Castigo para quem omitir, distorcer ou acrescentar algo à Palavra de Deus –Ap 22:18,19 – Mt 5:17-19
  • Nossa atitude para com as Escrituras – Js 1:8

A Palavra de Deus tem poder para:

  • Revelar e iluminar – Heb 4:12 -- Sl 119:105
  • Libertar – Jô 8:32
  • Santificar – Jô 17:17
  • Purificar – Sl 119:9 -- I Pe 1:22,23
  • Gerar vida – I Pe 1:23 -- Jô 5:24
  • Gerar fé – Rm 10:17
  • Salvar – Rm 1:16 -- I Cor 2:21

Um abraço,

Pr Julio Soder

segunda-feira, 15 de março de 2010

Plano de Aula


Amados alunos,


Paz seja convosco,


Num tempo em que proliferam heresias e doutrinas para manipular o povo de Deus, faz-se necessário ter um amplo conhecimento da Bíblia. Jesus disse que há dois fatores que nos induzem ao erro: “Errais por não conhecer as Escrituras e nem o poder de Deus”  Mt 22:29.

Nos propomos neste ano alcançar alguns objetivos no aprendizado:

1 - Aprendermos a ouvir Deus em Sua Palavra através do resgate da prática da meditação.

2 - Aprendermos a pensar biblicamente mediante um estudo coerente e prático dos princípios bíblicos.

3 - Aprendermos a trabalhar em equipe pelo descobrimento dos dons e características individuais de comunicação.



Para isso elaboramos um plano de aula mas que não é fixo e que depende da direção do Espírito Santo.

PLANO DE AULA
· No início da aula os alunos recitam versículos bíblicos decorados.
Esta atividade não é obrigatória para todos e sim para aqueles que estiverem interessados em afiar as suas mentes no conhecimento bíblico.

· Os alunos devem fazer semanalmente a meditação escrita respondendo as perguntas do modelo em seu caderno de meditação, que é recolhido para acompanhamento periodicamente.

· Nenhum comentário bíblico é examinado antes de o texto bíblico ser lido mais de uma vez, pressupondo que a “Escritura explica a Escritura”.

· As aulas tem inicio às 8:50 hs; partindo do princípio de que “pontualidade é uma virtude cristã” e evidencia responsabilidade, necessidade e amor ao que se faz.

· Crescimento espiritual tem preço.




Um abraço fraterno.
Pr Julio Soder

NOSSOS JOVENS E O TEMPO PÓS-MODERNO

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No texto Carta a um universitário cristão, o historiador oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Alderi Souza de Matos orienta com propriedade os jovens cristãos que entram no ambiente universitário, preparando-os para os desafios que os aguardam no meio acadêmico, incrédulo e secularizado. Neste texto, o historiador afirma coisas como:
Até ingressar na universidade, você viveu nos círculos protegidos do lar e da igreja. Nunca a sua fé havia sido diretamente questionada. Talvez por vezes você tenha se sentido um tanto desconfortável com certas coisas lidas em livros e revistas, com opiniões emitidas na televisão ou com alguns comentários de amigos e conhecidos. Porém, de um modo geral, você se sentia seguro quanto às suas convicções, ainda que nunca tivesse refletido sobre elas de modo mais aprofundado. Agora, no ambiente secularizado e muitas vezes abertamente incrédulo da universidade, você tem ficado exposto a idéias e teorias que se chocam frontalmente com a sua fé até então singela, talvez ingênua, da infância e da adolescência.

Entendo o ponto de vista do historiador que sabe o que representa o momento quando ingressamos em uma Universidade. Geralmente, os estudantes saem da casa dos pais e do convivío da igreja que frequentavam, mudando-se para outra cidade para poder estudar [1]. Realmente, é uma grande mudança de vida. Mesmo assim, discordo com ele quando sugere que até então nossa fé não é diretamente questionada, ou que até o momento em que ingressamos na Universidade ela é singela ou ingênua. Pode ser que isso fosse verdade há anos atrás, mas pessoalmente, minha fé foi tão provada e questionada na época da adolescência na escola quanto na juventude na Universidade, e mesmo com um olhar de fora, percebo que isso se acentuou ainda mais nos últimos anos.

Questionamentos sobre religião em geral, sobre a existência ou não de Deus, críticas pesadas ao Cristianismo, à Igreja Católica e aos evangélicos/protestantes, afirmações de que a Bíblia é cheia de erros, mitos, manipulações, a divisão entre fé e razão; todas estas coisas, e outras, eu já ouvia muito tempo antes de entrar na Universidade, da boca de colegas e professores. Mesmo a minha irmã, por exemplo, quando cursava apenas a quinta série, replicou corajosamente (e respeitosamente) em plena sala de aula com um professor de História Geral quando este apresentava à classe suas opiniões fortes contra Deus e a Bíblia; ela, ainda criança, não teve que esperar o ingresso em uma Universidade para se encontrar nesta situação.

Claro que eu me sentia seguro na esfera familiar e da igreja, e claro que na época eu não tinha a mesma maturidade e vivência de hoje, mas mesmo assim tinha que lidar com estas coisas. Nunca estudei em uma escola confessional, e nas que passei (em sua maioria públicas) tive acesso à visões incrédulas e secularizadas como no Ensino Superior. Se isso já era assim há alguns anos atrás (de 15 a 20 anos), o que dizer então dos dias de hoje?
Os adolescentes, e mesmo os pré-adolescentes [2], conectados em banda larga neste mundo doido pós-cristão, tem acesso à muito mais informações do que em minha época nesta fase, já lidando com questionamentos sérios ligados, por exemplo, às áreas da sexualidade e crença, e diante disso, imagino que os próprios professores tiveram que se reciclar para encarar esta nova geração [3], ajudando-os e orientando-os neste oceano de informações. Mas se na minha época de adolescente alguns deles já promoviam sua visão contrária a Deus e à fé cristã, alguns de forma mais agressiva do que outros, penso que hoje não é diferente, ainda mais nesta época tão secularizada em que vivemos.

Ontem estava folheando a Revista da Cultura e vi o relato de um adolescente que estava comprando um livro com o objetivo de ter uma ideia geral dos grandes filósofos. Alguém poderia dizer que isso seria um caso isolado de cdf/nerd/geek, mas não penso assim, pois não foi o primeiro que vi buscando informações deste tipo; acho que isso representa uma tendência em nossos dias, onde os adolescentes se interessam mais pelos assuntos. Eles, desde cedo muito antenados, tem procurado cada vez mais sentido em suas vidas, buscando-o nas mais diversas fontes filosóficas, religiosas e culturais, disponíveis para eles de maneira muito fácil e rápida na Internet.
Além disso, como já destaquei
anteriormente, mesmo as histórias em quadrinhos deixaram de ser infantis há muito tempo, mas ainda acessíveis a pessoas de diferentes idades. Watchmen, por exemplo, o gibi mais denso e complexo que conheço, é lido tanto por adolescentes quanto por adultos.

Diante deste cenário, a minha pergunta é: qual a resposta da Igreja diante disso? Será que estamos preparando os nossos adolescentes para os desafios que os aguardam neste mundo moderno? Será que estamos os conduzindo à um estudo sério e inteligente da Palavra de Deus, fazendo com que eles realmente pensem e reflitam sobre ela, ao invés de enfiar jargões repetitivos em suas cabeças? Eles estão sendo ensinados corretamente que a reflexão teológica é um exercício sadio de fé, e não dispensável ou mesmo contrário a ela?

Não acho que é necessário ensinar questões complexas demais, que só rendem discussões sem fim, mas ficar só no bê-a-bá a vida inteira também não dá. Nos dias de hoje, a Igreja precisa auxiliar seus adolescentes e jovens mais do que nunca, fazendo com que trabalhem seus conhecimentos das Escrituras Sagradas. Em Lucas 2, vemos o relato de um Jesus adolescente assentado em meio a doutores, ouvindo-os e interrogando-os. Não creio que isso se deveu à algum milagre, mas pelo fato de que mesmo Ele buscava o estudo da Palavra de Deus, e crescia "em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens". O Filho de Deus, que na realidade misteriosa da Encarnação assumiu a forma humana esvaziando-se de Sua Glória (Jo. 17:5; Fp. 2:6-8), restabelecida após a ressurreição, dá o exemplo para nós de amor e dedicação no estudo das Escrituras Sagradas.

Se nossos adolescentes e jovens não estão se exercitando no conhecimento das Escrituras, se eles negligenciam ou são negligenciados no estudo da Palavra, posso garantir que os outros estão trabalhando e estudando, e muito bem, baseados em pressupostos muitas vezes contrários à Vontade de Deus. A Igreja corre o risco de criar uma geração de jovens crentes defasada, insegura, ingênua, e que pode até mesmo abandonar o seio cristão por julgar ser ele incapaz de prover respostas racionais aos grandes questionamentos da vida, quando na verdade, como defendia o grande pastor e pensador Francis Schaeffer, o Cristianismo é o único capaz de fornecer a resposta verdadeira. Assino embaixo.

Que Deus, em Sua Graça, levante homens e mulheres piedosos no ensino inteligente da Palavra de Deus aos nossos irmãos mais jovens, que por sua vez, tem que estudar; hoje em dia não existe mais espaço para preguiça. Além disso, gostei muito do texto de Alderi Souza de Matos, e recomendo sua leitura, mas considerando o momento atual, acho de verdade que seu título deveria mudar para "Carta a um adolescente cristão".

[1] Cursei a Faculdade na cidade onde morava no interior, mas mesmo assim, tive que me afastar dos meus pais e igreja para vir trabalhar em São Paulo, morando em uma república com um bom amigo. Senti a mudança, mesmo que tardia.
[2] Eu prefiro mesmo chamar "pré-adolescentes" simplesmente de crianças, mas vou usar aqui o termo em voga.
[3] Pelo menos, assim espero.

Extraído de Nerd Protestante