quarta-feira, 28 de abril de 2010

E se o cristianismo fosse ilegal?

"Lembro-me de ter visto um adesivo que dizia: 'se o cristianismo fosse ilegal, haveria evidência suficiente para condená-lo?'. Naquela noite eu tive um sonho verdadeiro, e fui convocado à presença de um juiz.

A acusação tinha um caso contra mim. Eles iniciaram oferecendo ao juiz dúzias de fotos onde eu comparecia à igreja, falava em eventos religiosos, participava de orações e louvor. Após, ofertaram  como evidência livros religiosos que eu lera, seguidos por CDs religiosos e botons. Aceleraram o passo e revelaram a corte alguns poemas, textos e anotações de diário que eu escrevera sobre fé. Então, para terminar, a acusação torceu a faca que brilhantemente estavam usando na ferida, oferecendo minha bíblia ao juiz.  Um livro bem encapado, rabiscado, anotado, cheio de desenhos e todo sublinhado - evidência, se fosse necessário, que eu havia lido e relido este livro sagrado.

Durante a apresentação, eu fiquei sentado, tremendo, com medo, impregnado de suor. Sabia, do fundo do coração, que com aquelas evidências contra mim, prisão, ou mesmo a morte, era uma forte possibilidade. Em muitos momentos, eu estivera, por um fio, a levantar e negar Cristo. Mas enquanto esta ideia me assombrava, resisti a tentação e mantive centrado.

Após a acusação ter encerrado seu caso, o juiz inquiriu-me se havia algo que desejava acrescentar, mas permaneci em silêncio e resoluto, aterrorizado que, caso abrisse minha boca, seria suficientemente fraco para negar as acusações contra mim. Sou, então, levado enquanto o juiz analisa meu caso.

Após cerca de uma hora, sou novamente convocado de volta a sua presença para ouvir o veredito e a minha sentença. O juiz entrou na sala, ficou defronte mim, olhou profundamente nos meus olhos e declarou: 'das acusações apresentadas eu o declaro inocente'.

'Inocente'. Meu coração para. Então, numa fração de segundo, meu medo e terror são transformados em confusão e raiva. Apesar de mim mesmo, permaneci à frente do juiz e exigi que explicasse porque era inocente das acusações com todas as evidências apresentadas.

'Que evidências?', ele perguntou chochado.

Comecei apontando os vários poemas e as anotações no diário, mas ele simplesmente disse que elas mostravam que eu tinha jeito com as palavras.

Então, falei dos encontros onde discursara, nos cultos que participara e nas conferências que assistira.

Mas novamente ele sorriu simplesmente e disse-me que eram evidências de ser um orador público e com tendências a ator, representando ser o que não era - nada mais. E acrescentou que aquelas bobagens jamais poderiam me condenar.

O sonho termina com ele olhando-me nos olhos, como se informasse de um grande segredo, a muito esquecido: 'a corte é indiferente as suas leituras bíblicas e idas à igreja; não há preocupações em adorar com a boca e com a caneta. Permaneça desenvolvendo sua teologia e pintando telas de amor. Não temos interesses em artistas igrejeiros que usam seu tempo criando imagens de um mundo melhor. Nós existimos para aqueles que desistem da própria vida de modo semelhante ao de Cristo para criar um mundo como aquele.' "

traduzido de How (not) to speak of God, de Peter Rollins, pag 124-5

Extraído de CRER É PENSAR

terça-feira, 20 de abril de 2010

A Igreja do Deus Vivo

por Charles Spurgeon

Igrejas que conheçam a verdade, bem instruídas nas coisas de Deus

Queremos também igrejas que conheçam a verdade e sejam bem instruídas nas coisas de Deus. O que é que algumas pessoas cristãs conhecem? Elas vêm e ouvem, e, na plenitude de sua sabedoria, você os instrui, mas quão pouco recebem para armazenar para a edificação! Irmãos, em parte a falta é nossa, e em parte deles mesmos. Se ensinássemos melhor, eles aprenderiam melhor. Veja quão pouco muitos professores sabem, não o suficiente para lhes dar discernimento entre verdade viva e erro mortal. Os crentes de antigamente podiam lhe dizer o capítulo e versículo para o que eles criam, mas restam poucos desses! Nossos veneráveis avós estavam à vontade, sentiam-se confortáveis quando conversavam sobre "as alianças". Amo homens que amam a aliança da graça, e baseiam nela sua teologia: a doutrina das alianças é a chave da teologia. Aqueles que temiam ao Senhor falavam muito um com o outro.

Costumavam falar da vida eterna e de tudo que vem dela. Eles tinham um bom argumento para essa crença e uma excelente razão para aquela outra doutrina; tentar abalá-los não era de modo algum tarefa que trouxesse esperança de sucesso: era tão passível de esperança como sacudir os pilares do universo, porque eles eram firmes e não podiam ser levados levianamente por todo vento de doutrina. Sabiam o que conheciam, sabiam seguramente aquilo que tinham aprendido. O que vai acontecer com nosso país, com a atual chuva forte de romanismo despejando-se sobre nós por meio do partido ritualista, a não ser que nossas igrejas tenham abundância de crentes firmes que possam discernir entre a regeneração do Espírito Santo e seu substituto cerimonial? O que acontecerá com nossas igrejas nesses dias de ceticismo quando se aponta toda verdade fixada com o dedo da dúvida, a não ser que nosso povo tenha as verdades do evangelho escritas em seus corações? Ah, por uma igreja de crentes absolutos, impenetráveis à dúvida que destrói a alma, que se derrama abundantemente sobre nós!

Extraído de Projeto spurgeon

sexta-feira, 16 de abril de 2010

É pecado julgar? - O senso crítico e a Fé

Existe um discurso politicamente correto que flui honrosamente da boca daqueles que geralmente odeiam a confrontação: "Vou à igreja, assisto o 'meu' culto, volto pra casa e não falo mal da vida de ninguém. Acho que se cada um cuidasse de sua própria vida e deixasse esse negócio de criticar o que é dito na igreja, nós teríamos uma igreja bem melhor." Gente assim, dificilmente tem um senso crítico a respeito de sua fé. Não sabe porque crê. Não sabe no que crê. Contenta-se com uma fé cega, surda e muda. Afinal, dizem os tais, ai daquele que tocar nos ungidos do Senhor. Esquecem-se porém, que, diferente do Antigo Testamento, todos fomos ungidos na Nova Aliança: "Mas vocês têm uma unção que procede do Santo, e todos vocês têm conhecimento (...). Quanto a vocês, a unção que receberam dele permanece em vocês (...)" I Jo. 2.20,27
Estamos testemunhando um tempo histórico, onde os crentes seguem à risca tudo aquilo que lhes é dito a partir de um púlpito, sem titubear (claro, desde que isso não conflite com todas as bênçãos que Ele tem guardado em sua cartola mágica). Não sei o que é pior, vender aos crentes a bênção em forma de amuletos dos mais esdrúxulos comprá-la! Será que ainda existem crentes que não entenderam que o que Jesus condenou foi o julgamento hipócrita, e não o julgar em si (Mt. 7.1-6)? Será que nunca estaremos prontos para tirar o cisco do olho de nosso irmão? Será que Jesus não foi o suficientemente claro ao dizer que depois de tirarmos a viga de nossos olhos estaríamos aptos para exercer o julgamento? Ouso propor uma resposta:

"O descaso do povo para com a Palavra continuará sustentando muitas mentiras, heresias e agressões à alma."

Ah... que falta fazem os bereanos! O livro de Atos não poupa elogios quando diz que eles "eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo." (At. 17.11). Jesus disse: "Não julguem apenas pela aparência, mas façam julgamentos justos!" (Jo. 7.24). Disse também: "Por que vocês não julgam por si mesmos o que é justo?" (Lc. 12.57). O Apóstolo Paulo também não deixou margem para dúvidas quando disse: "Estou falando a pessoas sensatas; julguem vocês mesmos o que estou dizendo." (I Co. 10.15).
Há ainda aqueles mais pacificadores que, mansamente, nos lembram: "...ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom!" (I Te. 5.21). O problema nesse caso é, como diria meu professor Franco Júnior : "O que é bom?". Afinal, como já disse aqui, o ruim não é receber e-mails criticando meus posicionamentos, o ruim é receber respostas baseadas na achologia. E convenhamos: esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos crentes hoje em dia. Não! Mil vezes não! A Bíblia é o nosso referencial.
E mais: não me importa quantos milhões de CDs vendeu o camarada que inventou a fábula de um Zaqueu que consegue chamar a atenção de Jesus - a Bíblia não diz isso. Não me importa o brilho reluzente do troféu da moça que quer te colocar no palco e humilhar os seus irmãos, a Bíblia não diz que será assim. Também pouco me importa se hoje é 9/9/2009 ou 10/10/2010, a sua bênção não custa R$ 900,00, nem custará R$ 10.000,00 no ano que vem, a Bíblia não respalda isso. Por fim, não me importa quem "profetizou", nenhuma arca vai proteger a minha casa, mesmo com anjinho e tudo.

A Bíblia diz que "...se não é o Senhor que vigia a cidade, será inútil a sentinela montar guarda." (Sl. 127.1)
Que Deus levante mais bereanos. Gente que duvida, que critica, que denuncia. Gente que pinta a cara, mas não é palhaço! Homens e mulheres que não tenham medo da verdade, custe o que custar. Só assim a igreja evangélica brasileira voltará ao caminho da verdade, afinal, para esse, não há atalhos. Deus nos guarde dos lobos!

L. Rogério L. Rogério
Autor do livro “Adoração para Anônimos” (Editora Reflexão), L. Rogério tem ministrado nas áreas de adoração, apologética, liderança, família, entre outras. Seu ministério consiste em encorajar a igreja a um relacionamento íntimo e autêntico com Deus. Casado com Dany Miranda, que faz parte ativamente de seu ministério, já ministrou em diversas igrejas no Brasil e nos Estados Unidos. É fundador do projeto “Escola de Adoração” em SP que reúne todos os anos diversos músicos, cantores e palestrantes comprometidos com o Reino.

Extraído de PENSAR E ORAR

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Festival Esperança

Está definido o Mega Space como o local para a realização do Festival de Esperança de Belo Horizonte, de 26 a 29 de maio próximo. O Mega Space fica no município de Santa Luzia, uma ampla localização que pode comportar até 300 mil pessoas de uma só vez. O Festival de Esperança é uma programação evangelística de grande impacto, em parceria das igrejas evangélicas da capital e Grande-BH e Associação Evangelística Billy Graham (AEBG). Serão três noites de pregação do Evangelho, quando o evangelista Franklin Graham falará diretamente ao público. A primeira, no dia 26, será um culto de dedicação do local com a participação de todas as igrejas. A manhã do dia 29, sábado, está reservada para as crianças, o FestKids.

Ana Paula Valadão e Michael W. Smith
Expectativa e ânimo cercam a realização do Festival de Esperança de Belo Horizonte, a se realizar de 26 a 29 do próximo mês, no Mega Space. Além da pregação da mensagem da salvação no Senhor Jesus Cristo, nomes consagrados do louvor estarão presentes, como Ana Paula Valadão, Michael W. Smith, Toque no Altar, David Quilan e outros neste grande impacto evangelístico! A Entrada é franca! Não perca este evento sem paralelo no meio evangélico, que vem sendo realizado ao redor do mundo para a grande Colheita do Senhor. As igrejas evangélicas da Grande –BH e a Associação Evangelística Billy Graham estão coordenando os últimos detalhes para o Festival. A bênção é para VOCÊ e sua Família! A parte da manhã do dia 29, sábado, está reservada para uma grande festa dedicada às crianças, o FestKids.

Maiores informações, visite: http://festivaldeesperanca.com

Minha confissão negativa

Temos presenciado o alvorecer de uma nova casta de “crentes” que tem como principal característica algo ímpar na história da Igreja: Eles merecem!

Negativo

Negativo!

Sim! Eles são merecedores das bençãos de “deus”, são dignos de recolherem em seus celeiros todas as dádivas que transbordam pelas janelas do céu, estão sempre aguardando o “melhor de deus”…
Adquiriram tais direitos através de longas orações, da entrega de dízimos e ofertas, de sacrifícios, semeaduras, atos proféticos, campanhas, da unção de óleos, por meio de vestimentas, cabelos, barbas, unhas, etc…

Sendo assim, coitado de mim!
Que em meio a tantos testemunhos de “ex-isto”, “ex-aquilo”, dos “ungidos” blindados, irrepreensíveis, perfeitamente puros e super-santos, diante de todos vocês, farei aquilo que Nélson Rodrigues afirmava que a nenhum homem era possível fazer! Admitir: “Senhoras e senhores, eu sou um canalha!”

É isto… Para o espanto e confusão daqueles que professam a confissão positiva, venho fazer a minha confissão negativa!

Na condição de humano, falho e desesperadamente dependente da graça de Deus, posso afirmar que:

  • Não fui construído com aço ou concreto, sou de carne e osso, passível a adoecer e morrer.
  • Não é obrigação de Deus me conceder bençãos materiais, independente da minha dedicação e de minhas ofertas e/ou contribuições.
  • Não posso tratar Deus como um “velho velhaco”, lembrando-O a toda hora de Suas promessas como quem cobra uma dívida (“Olha Deus, tuas promessas nunca falharão”,“Tu não é homem para que minta…”, etc…).
  • Não tenho direito de exigir nada de Deus.
  • Não mereço que Deus ponha Seus olhos sobre mim.
  • Não sou digno de ser amado por Deus.

Minha natureza é má! Mas o Senhor é bom! O sangue de Jesus me lavou e a presença de Seu Santo Espirito me dignificou!

Não há nada, absolutamente nada, neste século ou nos que hão de vir, que possa nos distanciar do amor incondicional de Deus, que está em Jesus Cristo! (Rm 8:35)

“..glória, pois, a Ele eternamente. Amém.” (Rm 11:36b)

PS: O melhor de Deus não estar por vir… Ele já veio! E atende por nome próprio: Jesus Cristo!

nEle

Extraído de POR ELE

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Descoberto método infalível contra gravidez!

Pílula? DIU? Camisinha? Tabelinha? Coito interrompido? Nada disso! Todos esses métodos podem falhar. Mas existe um método que sem dúvida nenhuma é infalível contra a gravidez, chama-se abstinência.

Veja o relato de uma estudante sobre a descoberta da abstinência: “Na escola tive várias amigas que transavam e viviam preocupadas com doenças sexuais, gravidez, traição dos namorados... Eu não quero ter que lidar com esses problemas. A abstinência me dá liberdade para lutar pelos meus objetivos sem preocupações desnecessárias, estresse e arrependimento. Foi a melhor escolha da minha vida”, diz Nanette Gonzalez, de 25 anos.

A intenção desse post não é ditar regras para que você consiga se manter casto, mas apenas te dar dicas para você aprender a dizer não ao sexo antes do casamento!

  • Evita assistir programas e filmes picantes com apelos eróticos.
  • Mantenha um diálogo aberto com o(a) namorado(a) sobre seus sentimentos acerca do momento certo para o sexo.
  • Estabeleça limites no início do namoro.
  • Controle as carícias, controlando o teu próprio corpo.
  • Evite ficar sozinho(a) com a(o) namorada(o) por muito tempo.
  • Gaste tempo meditando nas coisas de Deus para ser “transformado pela renovação da mente” (Rm 12:2).
  • Pense nos benefícios que você tem ao deixar o sexo para a hora certa.
  • Não te julgues forte e capaz para vencer sozinho as tentações sexuais.
  • Dependa de Deus, pois Ele é quem conhece seu “funcionamento”.
  • Insista em seguir os planos de Deus. A oração traz transformação.
  • Faça um compromisso contigo mesmo e com Deus. Ele não falha.

Deus compreende como é difícil para os solteiros se manterem “intactos” até o casamento. Ele sabe que, às vezes, os impulsos falam bem mais alto, e está disposto a ajudar. Vale a pena confiar nEle. É bom recordar, que o namoro é um período de conhecimento sadio entre duas pessoas que se amam e procuram conhecer a vontade de Deus para o seu matrimônio.

E no mais… tudo na mais santa paz!

Extraído do Blog do Pr Márcio de Souza

Pastores são homens

Danilo Fernandes

Ao ouvir esta declaração corajosa do Rev. Caio Fábio sobre o episódio de “sua queda”, não tive como não olhar para o espelho e perceber em mim mesmo o erro tantas vezes cometido de descontextualizar a humanidade dos pastores com quem já convivi ou convivo hoje, seja de forma consciente ou inconsciente.
Esta declaração é um alerta para os perigos das desHUMANIZAÇÃO dos servos de Deus e a nossa tendência para nos gloriarmos em homens (1Co 3:21).
Se por um lado é importante e desejável ter no pastor um modelo humano do esforço de exercer o cristianismo de forma integral, por outro, é de uma covardia absurda exigir destes servos algo que a natureza comum e pecadora de todos nós homens nos nega por definição.
Contudo, agimos assim.
De uma forma ou de outra é minha responsabilidade, ainda que não intencional, se me permito seguir buscando modelos mais palatáveis de SER SANTO, diante da minha enorme culpa por não conseguir seguir o exemplo da Cruz, por mais que meu coração deseje, minha alma clame e o meu viver se volte para tal.
Caio e caio todos os dias de minha vida, me levanto na certeza do viver sobre a Graça, mas em algum lugar o tentador me faz sentir indigno da Cruz.
Não me glorio na minha eleição. Percebo esta astúcia maligna sobre a vida de todos nós e não me deixo abater por isto, mas não nego a reincidência do erro. E pior: Estou certo de que uma das razões para a manutenção deste meu convívio sofrido com a culpa deriva do fato de, em muitas ocasiões, esta mesma culpa ser benção na minha vida, pois me faz olhar para a Cruz, quando eu insistia em olhar para mim.
Miserável eu sou com a minha culpa. Tanto mais tamanho pecador. Contudo, é justo da minha parte buscar alivio para esta culpa jogando este meu fardo nas costas de meu pastor? Ou não deveria eu jogar aos pés de QUEM realmente pode suportá-lo? (Mt 11:28-30)
Todos os dias somos surpreendidos por escândalos e mais escândalos envolvendo lideres. Crimes financeiros, falsas doutrinas, corrupção e estelionato religioso. Isto sem falar dos “crimes” comportamentais que parecem causar ainda mais embaraço entre a membresia.
Nestes momentos, somos levados a extrema decepção e alguns se desviam da igreja. Um erro causado por outro erro, do qual nós mesmos somos os maiores culpados.
E que fique claro que não falo do erro (escândalo financeiro, ético, etc.) per se, mas do NOSSO erro pessoal de: idolatrar; desHUMANIZAR; colocar em maior conta; os nossos amados líderes, esperando deles, como disse Caio Fábio, uma projeção de nosso ideal de ética, moral, fé, etc.
A responsabilidade de um pastor é imensa e este peso extra colocado pelas ovelhas é um fardo de injustiça!
Devemos lembrar que, no fim das contas, os nossos discipuladores são pecadores como nós. Estão em posição de nós ajudar e pastorear, mas são homens e falhos e, pior, são cobrados e testados em dobro.
Se isto não é nem de longe uma carta branca para que não se toque no ungido, coisa que poucos ainda acreditam, também não nos autoriza a dobrar a carga já pesada destes servos.
Um servo de Deus, que leva á sério o seu ministério e se faz presente na vida de suas ovelhas e de suas lutas e não se rende a estes modismos que fazem encher as igrejas está abraçando uma tarefa imensa, que somente a Graça e a eleição do Senhor podem justificar (e tornar possível).
Nestes meus 14 anos de Evangelho acompanhei a vida de muitos pastores, pastoras, missionários e missionárias que se levantam todos os dias para ser benção na vida de centenas, trabalham (as vezes pagam para trabalhar!) o dia todo, pau para toda obra, e quando chegam em casa e tiram os sapatos, toca-lhes o telefone por conta de um chamado para atender a um irmão doente, um enterro, um desesperado, uma abandonada, etc. Quantas vezes estes chamados urgentes não acontecem quando a presença do pastor era requerida pelos de sua própria casa necessitando de apoio, carinho, presença...
Há muito amor chegando aos líderes, mas há muita fofoca também. Muita maledicência, mesquinharia e, posso dizer, pois não sou pastor: Muitos líderes são sugados (sinto dizer isto, mas tem ovelha que é vampiro mesmo) até o tutano.
Neste processo, cansei de ver servos verdadeiros enfrentando problemas com seus filhos, esposas, parentes, reflexo da extrema cobrança, fofoca, inveja (sabe lá Deus do que, mas tem!) e disputas políticas.
Eu vi famílias desfeitas, filhos que se tornaram ateus e toda a sorte de problemas e, confesso a vocês de todo o coração: Nunca conheci pessoalmente um caso onde o pastor pudesse ser responsabilizado inteiramente por isto, a menos que lhe fosse cobrada coerência a esta capa de super-homem que suas ovelhas lhes imputaram.
Ainda não conheci um único líder que tenha se dado tal envergadura de super-herói, que na verdade não fosse um farsante destes que batemos tanto por aqui. Entrementes, conheci muitos que receberam esta capa de super-homem (ou mulher maravilha), sem pedir e sem desejar, mas a receberam de gente que nunca conseguiu SER e VIVER CRISTIANISMO na essência (no Pai e no Outro) e se projetam no HOMEM, que ainda se muito virtuoso é HOMEM e só.
Não é fácil se livrar desta armadilha. O servo (a) deve, a todo momento, se policiar. Se deixa correr solto, o “manto do sagrado” vira esconderijo até mesmo para a sua família.
Um amigo pastor me disse: Danilo, eu só vivo bem e seguro em minha casa e com minha família, porque dou conta da minha vida a algumas pessoas que me servem de conselheiros em Cristo. Sem isto, caímos todos.
Pastores levam muito “trabalho para casa” e quando o fazem, levam também o “pastor” e o “espiritual” e deixam o “homem”, o “pai” e o “marido” na porta. Eu já ouvi algumas vezes declarações deste tipo: “quantas vezes me vi sendo pastor de minha mulher, presbítero de meus filhos, quando tudo o que eles queriam era o homem e o pai deles.”
Meus irmãos: Ser pastor não é fácil não. Eu não sou pastor, mas sou amigo de uma dezena ou mais. O que eu vejo é exercício constante de humildade no vigiar das atitudes e escolhas. É muito fácil ser dominado pelo orgulho e a soberba destrutiva após um belo sermão. É muito fácil se sentir acima da crítica e das tentações.
A Igreja brasileira enfrenta muitos problemas. Mas é impossível viver sem ela. A congregação deve assumir a sua parcela de responsabilidade. Devemos ser bereianos e vigilantes, como fazemos por aqui (blogosfera), mas também devemos assumir a nossa parcela de responsabilidade na vida de nosso líderes.
Devemos orar pelos nossos pastores, motivá-los, ajudá-los, nos fazer presentes no bom e no ruim. Propondo servir, ao invés de sempre querer ser servido. E aos mais velhos da igreja, que assumam o seu papel de apoiar e ouvir o pastor em suas angústias. O pastor é gente também!
Vamos olhar para CRISTO e para a CRUZ, sempre. E diante dos erros, que todos nós cometemos, devemos ter apenas a Cruz no foco, lembrando que aquele a quem o Senhor confiou a tarefa de nós pastorear é HOMEM.

Este testemunho é apenas um, entre milhares. Apenas ilustra a matéria pela grande relevância do autor. O artigo é dedicado a todos os meus amigos pastores (as), missionários (as) e servos (as) em geral que nos prestigiam aqui no Genizah

Extraído de Genizah

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Direito de crer

do PavaBlog

 
Fonte: Portas Abertas

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pelas Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948, define a liberdade de religião e de opinião no seu artigo 18:
Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observâcia, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

Cristãs serão julgadas amanhã

Maryam Rustampoor e Marzieh Amirizadeh

IRÃ (2º) - As cristãs iranianas Maryam e Marzieh foram soltas no dia 18 de novembro de 2009, após passarem mais de nove meses na prisão de Evin, em Teerã por causa de sua fé em Cristo.
Conheça mais sobre esse caso.
Agora, os cristãos no Irã pedem nossas orações, pois essas cristãs comparecerão amanhã, 13 de abril, ao tribunal, para serem julgadas das acusações pendentes, de propagar o cristianismo e de apostasia (neste caso, abandonar o islamismo). A terceira acusação, de realizar atividades contra o Estado, foi retirada na última audiência, em outubro.
Maryam e Marzieh estão fisicamente debilitadas. No entanto, apesar das dificuldades, elas estão determinadas e permanecerem fiéis ao Senhor e falar a verdade no tribunal independente dos riscos.
Pedidos de oração
Ore para que elas sintam a presença do Senhor durante o julgamento.
Ore para que a paz de Deus proteja os corações dessas jovens.
Ore para que as acusações sejam retiradas.
Ore para que elas se recuperem física, mental e espiritualmente.

Extraído de http://www.portasabertas.org.br/noticias/noticia.asp?ID=6140Missão Portas Abertas

TESTE – LEI E GRAÇA

CONSIDERE AS AFIRMAÇÕES ABAIXO ANOTANDO F OU V CONFORME SEJAM FALSAS OU VERDADEIRAS:

1 - A LEI FOI DADA, PARA NOSSA CONDENAÇÃO, POR ISSO NINGUÉM PODE CUMPRI-LA FIELMENTE.

2 - APÓS A CONVERSÃO, A LEI NÃO NOS ALCANÇA MAIS, PORQUE AGORA SOMOS JULGADOS POR OUTRO CRITÉRIO.

3 - POR CAUSA DO PODER DA GRAÇA ATUANDO NO CRENTE, ELE ESTÁ LIVRE DA AÇÃO DAS PAIXÕES DA CARNE, DE MODO QUE A LEI PERDE SUA FUNÇÃO.

4 - O HOMEM CONVENCIDO PELA LEI QUE É PECADOR, ESTÁ APTO A TRANSFORMAR-SE NAQUILO QUE DEUS QUER.

5 - A GRAÇA TRIUNFA SOBRE A LEI PORQUE A LEI REVELA A MORTE, E A GRAÇA REVELA A VIDA.

6 - A LEI DE DEUS ESTABELECE O PADRÃO DIVINO PARA O HOMEM E A GRAÇA LEVA DEUS A CUMPRIR ESSE PADRÃO NO LUGAR DO HOMEM.

7 - O PROPÓSITO MAIOR DE DEUS PARA A HUMANIDADE ERA E É FAZER-NOS SEMELHANTES A JESUS CRISTO.

8 - A OBRA REDENTORA DE CRISTO TRAZ AO HOMEM PERFEITA PAZ COM DEUS, E O PERDÃO DOS PECADOS.

9 - MESMO REGENERADOS POR CRISTO, AINDA ENCONTRAMOS DENTRO DE NÓS ESSA LUTA - O DESEJO DA MENTE RENOVADA DE OBEDECER A DEUS, E A INCLINAÇÃO DA CARNE PARA ATIVIDADE PECAMINOSA.

10 - A AFIRMAÇÃO DE PAULO:"MISERÁVEL HOMEM QUE SOU, O BEM QUE QUERO FAZER, NÃO FAÇO., O MAL QUE NÃO QUERO, ESSE FAÇO."; REFERE-SE AO TEMPO EM QUE ELE NÃO ERA CONVERTIDO.

11 - PAULO FALA DE DOIS PRINCÍPIOS OPERANDO NA NOVA CRIATURA - UM PRINCÍPIO OPERANDO NA CARNE - O PECADO E OUTRO PRINCÍPIO OPERANDO NO CORAÇÃO - O ESPÍRITO

12 - A LEI DO ESPÍRITO E VIDA LEVA O CRENTE A DAR FRUTOS ESPIRITUAIS, E A FAZER COISAS CONTRA AS QUAIS NÃO HÁ LEI.

Outra mentalidade

Antigamente, as pessoas no mundo cristão sabiam que as questões mais importantes que alguém encontra eram aquelas acerca da eternidade. Elas sabiam que Deus o Criador é puro e santo, que nós estamos em suas mãos, e que um dia nós prestamos contas à Ele. Elas sabiam que nenhum de nós é naturalmente pronto para fazer isso e que a busca pela salvação - não salvação da dor, da miséria, pobreza e exploração, mas da culpa e do poder de nossos pecados - é a maior prioridade da vida.

Naqueles dias, o estudo da redenção era a preocupação de todos, e o plano de Deus para a salvação era uma matéria de interesse geral. Hoje, entretanto, não é mais assim.

Por quê? Não é porque o problema não exista mais. Deus e o seu povo são os mesmos, e a necessidade de salvação permanece tão séria quanto sempre foi. Mas nós ficamos distraídos pelo ritmo urgente da nossa cultura, preocupados com as coisas materiais que produzimos e possuímos, obcecados com o mito de que a ciência tomou o lugar do Cristianismo. Nós sabemos tantos fatos sobre o nosso mundo, acreditamos que somos a geração mais sábia da História, e portanto, não podemos nos curvar para aceitar a sabedoria dos nossos ancestrais. Assim, com todo o nosso conhecimento tecnológico e arrogância intelectual, nós nos tornamos os tolos mais espertos da história do mundo.

Extraído de Nerd Protestante

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cristãos conservadores do Brasil, uni-vos!

Percebi que meu artigo publicado na Ultimato está cumprindo uma função bastante interessante na blogosfera e além: uma espécie de espanação geral do armário. Socialistas antes enrustidos se colocam de modo claro e conservadores até então tímidos resolvem expor sua indignação com os onipresentes e opressivos lugares-comuns socialistas.

Pois é, as tentativas de resposta a meu artigo na Ultimato têm sido reveladoras. Primeiro, salta à vista o mote geral “não sou de esquerda” (ou “não sou comunista”), pronunciado tão-somente como preâmbulo para a defesa de uma cosmovisão inegavelmente montada em cima de pressupostos esquerdistas. Segundo, é sempre impressionante constatar o uso do mecanismo do bode expiatório (Girard, again) em lugar de contra-argumentações (um bom exemplo: “se não dar [sic] para conciliar as idéias socialistas aos [sic!] princípios bíblicos, então o que dizer do capitalismo monstruoso que acumula fortunas em poucas mãos plutocratas enquanto dois terços da população mundial morre [siiiiiiic!] de fome nas raias da exclusão total?”): o capitalismo desculpa todos os erros do socialismo, inclusive o genocídio. Uau! Na mesma linha, perguntam desafiadoramente o que eu acho da Ku Klux Klan e dos cristãos alemães, demonstrando com isso quão longe chegou a demonização dos opositores do socialismo.

Como sou boazinha, deixo aqui explicitamente: não sou nazista, não sou a favor da KKK (a não ser para rir na internet), não sou entusiasta da ditadura militar, não sou contra os pobres nem indiferente à pobreza. Não acredito que o socialismo seja a solução para o problema da pobreza, a não ser que o objetivo seja empobrecer todo mundo logo de uma vez, material, mental e espiritualmente. Aí, o socialismo dá certo. A propriedade privada é bíblica, senão o Oitavo Mandamento não faria sentido algum. Não é “coisa de capitalista”. E, se você acha que a Bíblia defende o socialismo, um post excelente do Helder Nozima me poupou muito trabalho argumentativo e uma bronca do Roberto Vargas também dá conta do recado direitinho.

Alguns ficaram horrorizados porque eu disse que o conceito de “classe dominante” é vago. Tratei disso aqui.

E muitos reclamaram do meu uso de Girard. Pois é, Girard também foi cooptado pela esquerda, assim como Calvino e Kuyper. No entanto, minha alusão está perfeitamente correta. Só para constar, Girard coloca tanto o nazismo quanto o comunismo debaixo da mesma etiqueta: “totalitarismo”. A diferença? O comunismo seria um “totalitarismo da vítima”. Vejam o que ele declara:

Nazismo: "Os nazistas diziam: 'Vamos mudar a vocação do mundo ocidental, anular o ideal de um universo sem vítimas. Vamos fazer tantas vítimas que reinauguraremos o paganismo."

Comunismo: "Vivemos hoje em um mundo em que existem poderosos lobbies da vítima, em que só se pode mais perseguir ou exercer violência através de um discurso vitimário, de uma defesa das vítimas. O comunismo, por exemplo, na URSS, pretendia falar apenas em nome das vítimas, e fazia vítimas em nome das vítimas. O fracasso do comunismo soviético é um fracasso desse segundo totalitarismo que não chegou de modo nenhum ao fim. Penso que esse segundo totalitarismo irá reaparecer sob outras formas, e que já está reaparecendo, ainda está bem vivo. Como o terrorismo, que sempre fala em linguagem vitimária e exerce violência em nome da defesa das vítimas.

Politicamente correto: "É a religião da vítima, desprovida de toda transcendência, a obrigação social de empregar uma verdadeira 'língua de pau vitimária' que vem do cristianismo, mas que o subverte mais insidiosamente ainda que a oposição aberta."

Tá vendo? Queimou a língua quem reclamou do Girard no meu texto, né? Ah, mas se lessem meu blog saberiam! Falei disso muitas vezes: aqui, aqui, aqui, aqui.

Quanto aos conservadores que elogiaram minha coragem, penso o seguinte. Hoje em dia, é preciso menos coragem para declarar-se homossexual (e a recepção festiva ao novo gay assumido Ricky Martin não me deixa mentir) que para sair do armário do conservadorismo. Agora, tem muito líder cristão que também continua trancado no armário do socialismo, principalmente quando fala desse bicho esquisito que é a Missão Integral. E o pior é que muitas vezes fica lá não por falta de coragem (esquerda é mainstream, é chique), mas por ignorância ou desonestidade. Não pode! Se você, pastor, gosta de Marx, é contra a propriedade privada, acha que a igreja primitiva é um exemplo de distribuição de bens e usa Isaías 5.8 para defender o MST, faça um favor a suas ovelhas: diga claramente a elas que você é socialista. Porém, faça um favor ainda maior a suas ovelhas e a você mesmo: pare de confundir socialismo com Reino de Deus.

Por tudo isso, minha conclamação é: conservadores cristãos do Brasil, uni-vos! Todos para fora do armário, já! Vamos mostrar ao mundo do que é feita a cosmovisão calvinista e reformada de verdade.

Extraído de Norma Braga

terça-feira, 6 de abril de 2010

Teoria da conspiração

A liberdade religiosa e o respeito às crenças são argumentos valiosos demais para serem usados em defesa de ilegalidades e imoralidades praticadas por homens, para satisfazer ambições e desejos que nada têm de nobres ou espirituais

Dizer-se vítima de perseguição e de campanhas difamatórias movidas pela imprensa não resolve os problemas que afligem as religiões de tempos em tempos, devido a ações indefensáveis praticadas por seus integrantes. Mas é, ainda, a maneira recorrente como as religiões procuram responder a notícias desfavoráveis sobre elas, mesmo quando estas se apresentam amparadas em provas materiais, testemunhos e confissões.

A estratégia é nitidamente diversionista, e não esconde uma tentativa de fugir à responsabilidade, ao mesmo tempo em que se procura elevar os litígios da esfera criminal para outra, mais alta, que envolve o respeito aos direitos individuais e à liberdade religiosa. Fiéis que não leem jornais e tendem a acreditar cegamente em seus líderes são, dessa forma, levados a crer que tudo não passa de intriga, preservando-se em parte, ao menos, o respaldo público à instituição sob suspeita.

Foi assim quando os fundadores da Igreja Renascer em Cristo, Estevam e Sônia Hernandes, foram presos em Miami (EUA) por tentar entrar naquele país com dólares não declarados, em 2007. Pastores da igreja em todo o Brasil foram ao púlpito para acusar perseguição aos líderes da Renascer, que também respondiam a processos na Justiça brasileira. A igreja evangélica tem crescido de forma avassaladora. E, espiritualmente, existe uma resistência contra isso, disse na época a pastora Adriana Bernardo, de São Paulo, citada pelo portal de notícias cristãs Gospel+.

Esse mesmo tipo de argumentação foi utilizado mais recentemente em Sorocaba, quando a Guarda Municipal (GM) prestou serviços de escolta ao líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago Oliveira, a pedido de um ex-vereador. Em sua passagem pela Câmara, onde foi para tentar explicar o episódio, o secretário de Segurança Comunitária, José Milton da Costa, sem citar a base legal para o serviço oferecido (até porque ela não existe), leu uma nota atribuindo as queixas a preconceitos e intolerância de natureza religiosa.

Embora não oficialmente, mas pela voz de lideranças respeitadas pelos fiéis, também a Igreja Católica abraçou a teoria da conspiração, como resposta à avalancha mundial de denúncias de abusos sexuais praticados por padres e omissão de seus superiores na apuração e punição dos casos.

Há poucos dias, o jornal LOsservatore Romano, órgão oficial da Igreja Católica no Vaticano, afirmou em editorial que as reportagens publicadas pela imprensa internacional, sobre pedofilia e maus tratos praticados por padres, fazem parte de uma campanha difamatória para atingir a honra da Igreja e do papa Bento XVI. Na semana passada, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Lyrio Rocha, referiu-se, em pronunciamento na TV, a duros e injustos ataques contra a Igreja e o Papa.

A declaração mais polêmica, entretanto, foi feita pelo cardeal Raniero Cantalamessa, durante a liturgia da Paixão de Cristo na Basílica de São Pedro. Na presença do Pontífice, o cardeal leu uma carta supostamente enviada por um amigo judeu, em que o ataque violento e direcionado contra a Igreja e o Papa foi comparado aos aspectos mais vergonhosos do antissemitismo. A tentativa de equiparar as denúncias contra padres pedófilos ao extermínio gratuito e injustificado de milhões de judeus causou compreensível indignação no mundo todo.

É lamentável que essa discussão, sobre a qual o próprio Papa já ensaiou uma atitude corretiva e conciliadora, tenha se desviado para esse tipo de alegação. A liberdade religiosa e o respeito às crenças são argumentos valiosos demais para serem usados em defesa de ilegalidades e imoralidades praticadas por homens, para satisfazer ambições e desejos que nada têm de nobres ou espirituais. Acusações devem ser respondidas com argumentos claros e objetivos. Atribuir as falhas apontadas a perseguições é uma forma pouco eficiente de encarar o problema, e não ajuda em nada no que realmente interessa: a prevenção de novos erros.

Fonte: Jornal Cruz do Sul  via Antena Cristã

Plano Nacional de Doutrinação


Rodrigo Constantino

“Eu nunca deixei a escola interferir na minha educação.” (Mark Twain)

Cerca de três mil pessoas reunidas na I Conferência Nacional de Educação (Conae), em Brasília, aprovaram proposta defendendo que “o Estado deve normatizar, controlar e fiscalizar todas as instituições de ensino sob os mesmos parâmetros e exigências aplicados no setor público”. A reivindicação deve ser incluída no Plano Nacional de Educação (PNE), documento com as principais políticas públicas educacionais dos próximos dez anos.

A idéia dos sindicalistas, professores e representantes de organizações “sociais” é interpretar legalmente a educação como um bem público, cuja oferta pela iniciativa privada deve se dar por meio de concessão. Na prática, trata-se de um controle ainda maior do Estado sobre a vida privada, ferindo inclusive a Constituição, que prevê a livre iniciativa no setor. Os empresários do setor seriam reféns do governo. Os sindicalistas acreditam que o foco na lucratividade afeta a qualidade do ensino. Talvez por isso o ensino público tenha qualidade tão excelente!

Quando a educação é uma concessão pública, surge um evidente problema: qual será a educação oficial do governo? Parece óbvio que este modelo irá incentivar todo tipo de disputa e briga entre grupos de interesse, cada um tentando vencer o “jogo democrático” para impor a sua visão de mundo. Deve a educação pública ter inclinação tradicional ou construtivista? Deve ela ter cunho religioso ou secular? Deve ela adotar a ideologia socialista ou liberal?

Quais matérias merecem maior destaque na grade curricular? A uniformização do ensino público irá limitar as alternativas através do domínio de certas características. O burocrata não conta com os incentivos adequados para satisfazer os consumidores, e toda burocracia acaba optando por regras uniformes para evitar transtornos.

Ao contrário disso, o livre mercado é notório por atender todo tipo de demanda. Quanto mais pública for a educação escolar, mais uniforme ela tende a ser, ofuscando as necessidades e desejos das minorias. Basta lembrar que jornais e revistas são um importante aspecto da educação, e existem todos os tipos de linha editorial nesse setor (não por acaso, essas mesmas pessoas que defendem maior controle estatal na educação querem o tal “controle social” da imprensa, censurando a liberdade de expressão). Abolindo a escola pública, o mesmo aconteceria na área de ensino escolar, com um mercado livre fornecendo enorme variedade para os clientes. Caveat Emptor!

A educação, como os demais bens, deve ser ofertada num ambiente de livre concorrência. Quanto menos intervenção estatal, melhor. Cabe aos consumidores decidir o que presta ou não, separar o joio do trigo. A mentalidade arrogante dos burocratas e sindicalistas é a verdadeira inimiga do progresso educacional. Imbuídos da crença de que somente eles sabem qual a melhor forma de educar o povo, eles desejam controlar nos mínimos detalhes a “qualidade” do ensino. Na prática, tudo aquilo que for contra a visão uniforme e medíocre dessa gente “politicamente correta” será visto como inadequado, ainda que exista demanda por parte dos pais. Quem sabe como educar melhor seus filhos: os próprios pais, ou os sindicalistas, políticos e membros de “movimentos sociais”?

Aceitar estas mudanças propostas no Conae significa aproximar o modelo educacional brasileiro do modelo cubano. Na ilha-presídio, feudo particular dos irmãos Castro, a “educação” é vista como bem público, e o Estado manda e desmanda no setor. Os inocentes úteis comemoram: acham que a educação cubana é excelente. Na verdade, existe apenas doutrinação ideológica, e as vítimas do comunismo precisam repetir como o regime é maravilhoso, ainda que os olhos mostrem uma realidade totalmente oposta. Os cubanos aprendem a ler, mas não são livres para escolher sua leitura. E, como disse Mário Quintana, o verdadeiro analfabeto é aquele que aprende a ler, mas não lê.

O ideal de um típico sindicalista é que todos sejam como ele, “educados” para repetir como o governo é fantástico e o livre mercado é um demônio. O maior risco, caso essa mentalidade autoritária e arrogante predomine, é seu filho ser “educado” para se tornar um desses sindicalistas, eleitor do PT. Já pensou numa coisa dessas?!

Extraído de Rodrigo Constantino

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O padrão de espiritualidade

O critério que define a medida de espiritualidade de uma pessoa ou de um grupo é o quanto existe de amor ao próximo nas suas atitudes.


Reflexão no texto do bom samaritano na Igreja Peniel B.A. em Contagem-MG em 04/04/10 pelo Pr Julio Soder.




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Extraído de Pr Julio Soder

domingo, 4 de abril de 2010

Coisas que os cristãos gostam

Jonathan Acuff é um humorista e autor cristão americano. Em 21 de março de 2008 ele criou um blog, que virou site depois. O objetivo era simples, fazer uma lista das coisas que os cristãos mais gostam de fazer e comentar sobre elas. O site convidava os visitantes a darem sugestões e assim foi aumentado a lista.
Depois de o blog receber 730 mil visitas desde a criação, a editora Zondervan resolveu publicar o material em formato de livro e audiolivro. Ele escolheu 120 "coisas" para a versão impressa, sendo 80 inéditas até então. São 208 páginas que incluem os comentários do autor e parte dos comentários do blog. No dia do lançamento do livro (1/04/2010) o blog já contava com 740 itens. Sua lista/livro inclui uma série de pregadores/autores famosos, filmes e músicas. Vários ítens não fazem sentido na nossa realidade, pois são característicos da cultura cristã americana. Mas Acuff também enumera coisas que vemos por aqui. Segue uma seleção retirada da lista dos 500 mais comentados disponível no site:
#1 - Tentar dar um ar cristão a idéias e produtos populares
#10 - Objetos de decoração cristãos de gosto duvidoso
#12 - Criar fórmulas para melhorar de vida em "X" passos
#14 - Tratar a Deus como seu namorado
#27 - Falar sobre cristãos famosos
#29 - Não dançar
#31 - Falar palavrão só de vez em quando
#34 - Sutilmente tentar descobrir se outros irmãos também bebem
#39 - Dar opinião sobre algo que não conhecemos
#53 - Dizer "Vou orar por você" e não orar
#64 - Ter medo que o arrebatamento venha antes de você casar
#65 - Colocar versículos na assinatura do seu email
#69 - Ter um lugar reservado na igreja
#80 - Resolver tudo com "mais oração"
#81 - Chamar fofoca de pedido de oração
#94 - Bíblias de estudo com diferentes especialidades
#101- Deixar qualquer um tocar no louvor
#105 - Desejar que seu testemunho de conversão fosse mais emocionante
#107 - Domingos
#116 - Dizer "vou orar sobre isso" como sinônimo para "não"
#121 - Achar que Deus vai lhe dar um chamado seguido de muitos detalhes
#134 - Usar a Bíblia para evangelizar pessoas que não acreditam na Bíblia
#149 - Boicotar coisas "anti-cristãs"
#150 - Dizer que está "esperando em Deus"
#158 - Não usar o nome da pessoa, chamá-lo apenas de "pastor"
#170 - Repassar emails com mensagens cristãs
#188 - Julgar a fé de alguém pelo número de versículos sublinhados em sua Bíblia
#206 - Mandar recados para o diabo
#225 - Transformar os diáconos em agentes secretos
#238 - Desejar que tivesse se divertido mais antes de se converter
#259 - Pensar que fé é um evento
#276 - Fazer coisas supersantas para Deus
#302 - Prosperidade
#303 - Doar coisas inúteis para a igreja
#317 - Dizer aos outros que o sermão do domingo foi direcicionado a eles
#335 - Comparar a vida cristã com Red Bull (te dá asas)
#347 - Usar fé como moeda para negociar com Deus
#362 - Filmes evangélicos, como "Desafiando os Gigantes"
#367 - Pedir dinheiro na igreja
#374 - Emoticons cristãos como "<)><".

#375 - Esquecer quem nós somos

#383 - Fazer ameaças cristãs por carta ou email

#393 - Colocar adesivos cristãos (como o do peixinho) na traseira do carro

#402 - Pensar que Deus está muito longe de nós

#405 - Dizer "a Bíblia" sempre que alguém pergunta qual o melhor livro que você já leu

#429 - Tratar Deus como uma máquina de fazer suco

#433 - Afirmar algo que Deus nunca disse em sua Palavra

#445 - Criar um "ambiente cristão" no seu escritório

#449 - Perguntar a si mesmo se só crer em Deus é o suficiente

#471 - Dormir no culto

#482 - Falar sobre o fim do mundo

#497 - Dar nomes bíblicos aos filhos

#500 - Fazer listas

Fonte: Stuff Christian Likes

Pra quem fala inglês é possível baixar o livro em formato de audio gratuitamente no mês de abril neste site http://christianaudio.com/free

Extraído de Livros só mudam pessoas

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Evangelho Experimentado

Algumas pessoas são teóricas; outras são práticas. As primeiras explicam os procedimentos, mas muitas vezes não conseguem fazer. As outras fazem, mas não conseguem teorizar a prática ou ensinar o que fazem.

Cristo não levantou teorias, não escreveu e fez discípulos vivendo entre todos os que de forma pratica viviam a vida.

Será que Jesus Cristo só sabia escrever no chão?

Cristo era a prática o Verbo (ação e exemplo), escrever seria a teoria de uma prática que questionaríamos hoje. Tudo que é expresso de maior ensinamento por Cristo é a prática do amor a Deus e amor ao próximo e isso e nada mais que isso é o suficiente para dar divindade ao Verbo que cumpriu todos os mandamentos escritos na pratica do amor. E isso serve de exemplo quando damos muito mais valor à peculiaridade normativa da letra que muitas vezes mal posta mata fazendo-a tomar lugar da prática do amor.

A prática do amor diário me faz crer no Cristo Ressuscitado. Crer na divindade e também muito na humanidade de Cristo que o tornou um exemplo possível de sucessão procedente Dele.

Sem a teoria escrita pelo próprio Cristo a comunidade cristã que se desenvolveu ao redor das lembranças que tinham de Jesus, e que surgiu em sociedades bem diferentes daquela da qual ele mesmo era parte, teve de construir novas interpretações a respeito de quem era e o que havia dito e feito Jesus.

Não creio que essa conseqüência tenha sido prejudicial, nunca fomos autômatos e tolhidos de fazer interpretações. O exemplo e a prática de Cristo sem a teoria escrita observada e somente seguida nos permitiram isso.

O infeliz contratempo do amanhã é que os homens se tornem autômatos.

Em um futuro próximo temo que nós não vamos mais pecar por que decoraremos a teoria escrita e nos apegaremos apenas a letra e a letra nos matará arrancando nossa alma e autarquia fazendo de nós autômatos.

Poderíamos tanto entender que pela “vida vivida" o pecado simplismente é conseqüência da de nossa negligência. Se entendessemos isso vivenciaríamos a experiência e necessidade de nossos próprios dias, nossas aflições e alegrias revertendo tudo em favor do próximo.
Se eu negligenciar o amor, o aprendizado, o convívio com as pessoas e ainda negligenciar o reconhecimento dos meus próprios defeitos a conseqüência será a super idealização do que é errado e do que agride o meu próximo.
Sendo que entendo que o pecado não brota de coisas que pré-determinaram como pecado, mas sim creio que o pecado brota na consciência de forma individual e transmitido num ciclo interpessoal.

A escrita é importante assim como as teorias debruçadas nela, mas evangelho é prática, é teoria sintetizada na graça, é aprofundamento de relações, é coragem para viver a vida, é suportar a injustiça do mundo de peito aberto e sem fuga.

A escrita tem valor quando somos cartas vivas de letras transcendentes da covardia, dos regulamentos, do julgo e de todo convencionalismo.

A escrita não deve ser regra de fato e sim interpretação, experimento imprimido pelos que sofreram as mesmas dúvidas, perseguições e medos no passado e que nós mesmos passamos , e que destas coisas pela Graça tiramos lições de como suportar o que nos aflige sem que isso seja uma fórmula básica, simplista e metricamente apropriada.

Contudo que a escrita sirva para nós não como um martelo pronto para afundar cabeças e contrair cérebros, mas que ela seja inspiração muito mais do que poética, muito mais do que sincrética, muito mais do que dogmática.

O evangelho é acima de tudo prática não normativa, legalista ou engessada. Simplesmente viver, visitar um amigo, rir, ir onde seu amigo precisa de você, amar, estar onde você precisa estar juntando o que foi espalhado.

Extraído de Lion of Zion